As margens do rio Coura estão preparadas para receber, amanhã, o festival mais antigo da Península Ibérica que celebra seis décadas de existência com quatro dias repletos de música, energia e partilha intergeracional, e com um cartaz “cuidado” para um público “distinto e especial“, conforme revelou a organização do Festival Vilar de Mouros.
“É o Vilar de Mouros que queremos ter, com muito e bom público. Temos um cartaz que agradará ao público e, daí percebermos que vamos ter uma boa afluência ao festival. Estamos muito contentes com os artistas que conseguimos reunir que têm história, fazem história e contam histórias”, disse Paulo Ventura, porta-voz do evento, durante uma conferência de Imprensa realizada esta terça-feira no recinto do festival.

Paulo Ventura, representante da Surprise & Expectation, a promotora do festival há cerca de uma década, destacou que, “de ano para ano, estamos mais preparados. É um público que vem à procura de música, mas também de história e de histórias para partilhar. Temos orgulho nessa singularidade e sentimos uma responsabilidade acrescida em corresponder às expectativas”.
Este ano, Vilar de Mouros apresenta um dos melhores cartazes de sempre. “Temos artistas que têm história, temos artistas que contam histórias, temos artistas que fazem história, temos artistas que já aprenderam a história desses outros artistas… temos público, temos muito público”, sublinhou Paulo Ventura.

O porta-voz destacou, orgulhoso, a forte e estreita ligação à identidade de Vilar de Mouros, bem como a qualidade e diversidade do cartaz, que contará com as seguintes performances:
No primeiro dia atuam The Kooks, James, The Stranglers, Starsailor, Altered Images e Dubaquito.
Na quinta-feira sobem ao palco de Vilar de Mouros os Sex Pistols (com Frank Carter na voz), The Damned, Palaye Royale, The Godfathers e Girlband!.
Papa Roach, Refused, Triggerfinger, a banda de tributo a Linkin Park Hybrid Theory e Girl Scout preenchem o alinhamento do terceiro dia do festival.
Vilar de Mouros termina sábado com Da Weasel, I Prevail, The Ting Tings, Stereo MC’s e Cavaliers of fun.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Crédito Agrícola (CA) é o patrocinador oficial do Festival CA Vilar de Mouros. Na conferência de Imprensa, a organização anunciou que, na próxima edição em 2026, esta entidade voltará a ser o sponsor do evento.
Para além do representante do CA, a conferência de Imprensa contou com a presença de outros representantes das entidades parceiras ou patrocinadoras, como o Município de Caminha, através do seu presidente Rui Miguel Rio Tinto Lages, a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, Carlos Alberto da Cunha Alves.

A organização anunciou, também, a introdução de melhorias logísticas significativas: acessos ampliados e uma área mais ampla para a entrada no festival, mais parques de estacionamento, uma área de campismo reforçada e zonas de restauração e sanitários aumentadas.
O Festival de Vilar de Mouros foi o primeiro festival de música do país, lançado pelo médico António Barge, aconteceu em 1965 e começou por ser um evento de divulgação da música popular do Alto Minho e Galiza. Mas foi a edição de 1971 que lhe deu a fama de ‘Woodstock à portuguesa’, contando com a presença, entre outros, de Elton John e Manfred Mann.
ANTÓNIO PROENÇA (TEXTO E FOTOS)
Fotógrafo/Editor/Engenheiro Eletrotécnico






