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Terça-feira, Janeiro 21, 2025

Serviços Secretos ucranianos reivindicam atentado que matou general russo em Moscovo

A tensão e a escalada militar entre Moscovo e Kiev promete agravar-se nas próximas semanas. Não apenas pelo atentado que teve lugar esta manhã na capital da Federação Russa, eliminando um dos militares da confiança de Putin, mas porque ambas as partes têm vindo querer ganhar terreno antes de Trump chegar à Casa Branca.

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O lugar onde ocorreu o atentado contra Kirillov. Foto de LUSA
O lugar onde ocorreu o atentado contra Kirillov. Foto de LUSA

O dispositivo que matou o tenente-general Igor Kirillov estava escondido numa trotinete eléctrica. E os ucranianos reivindicaram a responsabilidade do atentado. A morte deste operacional da confiança de Putin, é do resultado de operação do Serviço de Segurança da Ucrânia, dizem fontes da própria agência: “a retaliação é inevitável.”

O tenente-general russo Igor Kirillov, era o responsável pelas forças de proteção nuclear e morreu perto de um edifício residencial no sudeste de Moscovo, logo ao início da manhã, revelou o Comité de Investigação russo.

Várias fontes do Serviço de Segurança da Ucrânia confirmaram que foi resultado de uma operação de Kiev para matar “o homem que é acusado de permitir o uso de armas químicas contra as tropas ucranianas.

A porta-voz do Comité de Investigação russo, Svetlana Petrenko, disse que a explosão aconteceu numa zona residencial em Ryazansky Prospekt, na capital russa.

O dispositivo, que foi ativado remotamente, estava escondido numa trotinete eléctrica. Teria uma carga de cerca de 300 gramas de TNT”, disseram as autoridades russas à agência estatal TASS. Na explosão morreu também um assistente de Kirillov.

Rússia promete retaliação

No local do atentado, foram recuperados componentes do explosivo. “Foi o único detetado até agora por um robô dos sapadores”, explicaram os serviços de emergência russos à Agência RIA Novosti. As autoridades também já apreenderam as imagens das câmaras de vigilância dos edifícios naquela área.
Igor Kirillov, que foi sancionado pelo Reino Unido em Outubro por ser uma fonte de desinformação do Kremlin, lidera desde Abril de 2017 as Forças de Protecção Nucleares, Biológicas e Químicas. Na segunda-feira foi notificado pelos serviços secretos de Kiev “o principal suspeito de permitir o uso de armas químicas em território ucraniano.”

Sob as ordens de Kirillov, foram registados mais de 4.800 casos de uso de munições químicas pelo inimigo desde o início da guerra em larga escala”, disse a agência citada pelo jornal Ukrainska Pravda.

A morte de Kirillov é resultado de uma operação do SBU, reconheceram entretanto várias fontes da agência aos media ucranianos e internacionais. “Kirillov era um criminoso de guerra e um alvo completamente legítimo, já que deu ordens para usar armas químicas proibidas contra os militares ucranianos e a população civil”, justificou uma fonte sob anonimato ao Kyiv Independent: “A retaliação por crimes de guerra é inevitável”, acrescentou.
Moscovo diz que prepara ataques fortíssimos sobre o território da Ucrânia.


* OC/JP/Agências de Notícias

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