“É com gosto que venho anunciar que se encontram reunidas as condições para se avançar com a construção de uma nova barragem em Fagilde, a cerca de 100 metros a jusante da atual”, anunciou Maria da Graça Carvalho.
A governante falava aos jornalistas no final de uma reunião com o executivo viseense, no salão nobre da Câmara Municipal de Viseu, que teve em cima da mesa assuntos que o presidente, Fernando Ruas, “há muito” queria solução.
“A atual barragem já não é suficiente e apresenta algumas fragilidades e deficiências e deterioração com o tempo. Ela foi construída em 1984, inicialmente com uma capacidade de 2.8 hectómetros cúbicos, depois teve obras que permitiram aumentar para 4.2, mas a ideia é uma nova barragem na ordem dos 7.5 de capacidade, portanto, é praticamente duplicar a capacidade”, anunciou.
A ministra referiu que já foi feito um estudo preliminar que resultou de um protocolo entre a Agência Portuguesa para o Ambiente (APA) e a Câmara Municipal de Viseu (CMV).
Neste sentido, prometeu “muito em breve” voltar a Viseu, com a direção da APA e o secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, que hoje também marcou presença, para apresentar “mais detalhes técnicos, o calendário e custo de execução” da nova barragem.
Aos jornalistas, a ministra disse que a barragem “deverá ser um investimento de 30, 32 milhões de euros que será uma parte de fundos europeus, outra da APA e outra do sistema de águas, nomeadamente as Águas de Portugal”.
O regresso a Viseu para apresentação dos detalhes técnicos, Maria da Graça Carvalho apontou para “setembro, o mais tardar em outubro”.
Um segundo ponto da reunião prendia-se com a alteração do contrato de conceção das Águas do Douro e Paiva, “um processo que transitou do anterior Governo” e que o seu gabinete acabou de receber.
“Vamos analisar o processo vindo das Águas de Portugal, já com um parecer positivo da ERSAR (Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos), do regulador, para alargar o âmbito das Águas Douro e Paiva a nove municípios em que se inclui Viseu”, disse.
Da reunião fizeram parte também o desmantelamento de sete Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), o açude do Catavejo e a reutilização de águas da ETAR.
Sobre esses assuntos, a ministra admitiu que são processos que “vão agora ser bem analisados para ver se é possível incluir noutros existentes que estão a acontecer” noutras localidades do país “para ver se se consegue financiamento” para os concretizar.
Nova barragem em Viseu vai custar mais de 30 milhões de euros
A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou ontem a construção de uma nova barragem em Fagilde, a 100 metros a jusante da atual, num investimento superior a 30 milhões de euros (ME).