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Segunda-feira, Dezembro 29, 2025

Nanomateriais reduzem em 15% o peso de veículos elétricos

O Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) participou num projeto europeu que reduziu em 15% o peso de veículos elétricos através do uso de nanomateriais. A inovação promete impulsionar a eficiência energética e a sustentabilidade no setor automóvel.

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A mobilidade elétrica poderá tornar-se significativamente mais eficiente graças a um projeto europeu concluído recentemente com a participação do Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ). O projeto FLAMINGo, desenvolvido ao longo de 48 meses, juntou 11 parceiros de 8 países com o objetivo de criar materiais metálicos avançados capazes de substituir peças de aço por alternativas mais leves.

O foco foi colocado no desenvolvimento de compósitos de alumínio reforçados com nanopartículas (Al-MMnC), o que permitiu reduzir o peso total de veículos elétricos em 15%, mantendo a resistência e desempenho exigidos pela indústria automóvel.

“Os avanços conseguidos não são apenas técnicos; são um passo gigante para a mobilidade sustentável”, afirmou Paulo Morais, gestor de projeto no ISQ. Segundo a instituição, os materiais desenvolvidos oferecem elevada rigidez e durabilidade, sendo ideais para enfrentar os desafios da mobilidade sustentável.

Paulo Morais, gestor de projeto no ISQ.
Paulo Morais, gestor de projeto no ISQ.

Entre os principais resultados, destaca-se a produção de 3 toneladas de Al-MMnC, das quais 200 kg foram reciclados, a incorporação de 100 kg de nanopartículas, a validação de 6 processos industriais, e a substituição de 4 componentes num veículo elétrico por versões em Al-MMnC, resultando numa redução de 45% no peso dessas peças e 15% no peso global do veículo.

“Atingiu-se com sucesso os objetivos de execução, promovendo inovações relevantes aplicadas à indústria automóvel, em especial aos veículos elétricos. Os avanços conseguidos contribuem para a eficiência energética e o desempenho dos veículos, respondendo aos desafios da mobilidade sustentável. Entre os principais resultados destacam-se: a produção de 3 toneladas de Al-MMnC, com 200 kg reciclados, demonstrando a viabilidade de uma abordagem mais sustentável; incorporação de 100 kg de nanopartículas, essencial para o reforço dos materiais desenvolvidos; a validação de 6 processos industriais de fundição e moldagem com os novos materiais desenvolvidos; substituição de 4 componentes num veículo elétrico por versões feitas com Al-MMnC, o que permitiu uma redução de peso de 45% a nível dos componentes substituídos e uma redução global de peso de 15% no veículo”, detalhou Paulo Morais.

O ISQ realizou ainda ensaios de soldabilidade, validação estrutural de componentes, simulações numéricas, testes de resistência e inspeções por tomografia computorizada. Além disso, foi feita uma análise de risco ocupacional, propondo boas práticas para o manuseamento de nanopartículas na cadeia de produção.

O consórcio do projeto incluiu entidades de Portugal, Itália, Alemanha, Grécia, Bélgica, Espanha, Reino Unido e Áustria, com um investimento total de 4,4 milhões de euros.

OC/RPC

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