Antevia-se tarefa difícil para o FC Porto no território de Robin dos Bosques. Apesar da equipa de Nottingham andar pelos lugares de baixo da tabela da Primeira Liga Inglesa, a qualidade dos seus jogadores, a qualquer momento, podia revelar-se. E aconteceu, desafortunadamente para a equipa portuguesa, no jogo de ontem.

Depois do magnata grego, Evangelos Marinakis, “patrão” da equipa, ter despedido, num ápice, três treinadores, chegava a hora de um grupo milionário jogar algum futebol de qualidade. E fê-lo, de facto. Sempre com o “pé no acelerador”, fez o que ainda nenhuma equipa tinha conseguido – vencer os portistas na presente época.
O FC Porto pode queixar-se – e Farioli queixou-se – de que foram duas grandes penalidades, a segunda com algumas dúvidas, e pouco mais, a incomodar o seu último reduto. Mas, independentemente disso, o Nottingham foi melhor, atacou mais e mereceu vencer. Sem esquecer as duas grandes defesas de Diogo Costa.
Momentos Chave
Para vencer, por vezes, não chega ser melhor equipa. De quando em vez, para não dizer sempre, o acaso, a chamada “pontinha de sorte”, tem de funcionar. Contra e a favor. Neste caso,”traiu” os portistas.
O primeiro momento-chave, foi a grande penalidade que ditou o golo inaugural dos “reds”. Um lance de bola dividida no ar, em que o experiente Bednarek, salta de braço levantado e, caprichosamente, a bola foi lá bater. E, ainda cedo na partida, o Nottingham inaugurava o marcador através da conversão de um “penalty”. Um lance de pouca sorte, nada habitual neste tipo de aboradgem defensiva. Acontece aos melhores, não é?

Cedo em desvantagem, o FC Porto não esmoreceu. Antes pelo contrário. Respeitando a superioridade dos da “casa”, fazia pela vida e criava situações de perigo, com alguns lances muito bem desenhados.
Não podemos dizer que os jogadores da equipa portuense estão todos a jogar muito bem (como já estiveram!). Há alguns em baixa de forma – Francisco Moura, William – parecem estar fisicamente abaixo. Froholdt, Gabri Veiga e Borja Sainz, já fizeram melhor. Alberto e Zaidu, precisam de melhorar no aspeto defensivo. E a Samu não basta receber melhor a bola de costas para a baliza, tem de ser “letal” na área. Decisivo na concretização de golos. É o que se lhe pede, afinal.
O segundo momento-chave, foi o golo anulado à equipa “azul-e-branco” por fora de jogo milimétrico. Seria o empate e um prémio justo para a resistência portista naquela fase. Não valeu e o FC Porto continuou em desvantagem.
Momentos que definiram o jogo, mas que tiveram , ambos, reação positiva por parte da equipa. O FC Porto nunca se arrastou em campo. Não baixou os braços.Nunca quebrou a sua organização. Os “jogadores” deram tudo o que conseguiram. Mas não chegou. O adversário foi mais forte a a sorte do jogo andou arredia.
Teorias
Fazer um comentário a um jogo de futebol, dificilmente tem a concordância, a unanimidade entre os adeptos. Cada par de olhos vê (e interpreta) de modo diferente.
E quando um jogo não corre bem, vão-se buscar milhares de argumentos. E, às vezes, todos têm razão.
No jogo de ontem, Pepê saiu tarde e Mora entrou tarde. Teve efeito no jogo? Não sabemos, mas o brasileiro estava exausto e a “magia” de Rodrigo Mora poderia funcionar, aliás, funcionou já por diversas vezes.
Se a equipa ganha, o treinador é intocável. Mas quando perde, afirma-se tudo o que as vitórias tinham calado. E o tema Rodrigo Mora vai voltar a marcar os comentários ao trabalho de Francesco Farioli.
A não ser que, em Moreira de Cónegos, vença e convença. Independentemente do “onze inicial”.
Um resultado negativo, mas quem em nada belisca as ambições do FC Porto nesta caminhada na Liga Europa.
Aguarda-se, agora, a resposta da equipa no “day after”, ou seja, no jogo contra o Moreirense para a liga portuguesa. E tudo pode voltar ao princípio.
Jornalista






