O Malmo tentou fazer no Dragão o mesmo que o Braga e o Estoril tinham feito – jogar “olhos nos olhos” com o “onze” de Farioli. As duas equipas portuguesas, apesar de terem sido derrotadas, jogaram muito bem e criaram sérias dificuldades.
O Malmo tentou; mas os Dragões, já bem “escaldados” com alguma negligência nesses jogos do Campeonato Nacional, “derreteram” os suecos. Velocidade de jogo, intensidade, aproximação à área adversária, recuperação de bolas e duelos ganhos, a par com a pressão alta, condicionaram as intenções do Malmo.
A formação sueca pode dar-se por feliz. Podia ter saído da “Invicta” com muitos mais golos sofridos, pois a superioridade portuguesa foi grande e as oportunidades de golo, muitas.
Francesco Farioli continua a sua estratégica “poupança” de jogadores. Martin apareceu no lugar de Alberto, Rosário no de Varela e Mora continua a ocupar o lugar do lesionado Gabri Veiga.
Na primeira parte, antes de Samu “abrir o livro”, o mesmo Samu, Martin Fernandes, Froholdt, Borja Sainz, Pepê e Mora tiveram ocasiões flagrantes para abrir o marcador.
Ao chegar à meia hora (29′), um excelente cruzamento de Mora que Samu aproveitou para fazer um belíssimo golo de cabeça. Fazia o 1-0 e já vinha tarde.
Passados cinco minutos (35′), foi a vez de Borja Sainz cruzar – Samu, à meia volta, na pequena área, aumentou o resultado. E fez com que o FC Porto gerisse o jogo com confiança.
E mesmo no final da primeira parte, Froholdt esteve muito próximo de marcar.
Se consideraramos a única oportunidade do Malmo, podemos afirmar que o domínio portista foi avassalador.
Na segunda parte, Gul, Eustáquio, Alberto, William e Alarcón foram chamados ao jogo para o lugar de Samu, Mora, Pepê, Martin e Borja Sainz.
E na parte complementar, o domínio portista tornou-se ainda mais intenso. E foi, curiosamente, nesse período que o Malmo marcou em cima do período de descontos dado pelo árbitro. Francisco Moura, ao tentar salvar uma bola em cima da linha, acabou por introduzi-la na redes. Num lance em que Rosário, de cabeça, tenta passar para Diogo Costa. Esta foi, caprichosamente, raspar na cabeça de um dianteiro sueco, enganando Diogo Costa. Ao tentar resolver, Frncisco Moura fez o golo do Malmo.
Esta foi a segunda aproximação dos suecos à área adversária na segunda parte.
Antes, já Froholdt, por três vezes, de cabeça, podia ter marcado. Borja Sainz e William também andaram muito perto de o fazer.
Alarcón também merecia também ter feito um golo. Ganhou uma bola no meio do seu meio-campo, arrancou pelo corredo central, foi passando pelos defesas do Malmo e, à entrada da área, só com o guarda-redes pela frente, rematou frouxo e à figura. O lance merecia outro desfecho.
Um triunfo portista que só peca por escasso.
Agora, os Dragões têm 13 pontos, estão entre os clubes apurados para a fase segunte e só lhes falta disputar dois jogos – V. Plzen (fora) e Rangers (casa); o que abre excelente perspetivas para seguir na Liga Europa.
Reportagem OC: Alberto Jorge Santos (Texto) e Gonçalo Bravo (Fotos)
Jornalista
