A exportação imediata das lamas da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Lactogal, em Vila do Conde, para um operador licenciado em Espanha, foi anunciada esta quarta-feira pelo Ministério do Ambiente e da Energia, como forma de conter os riscos ambientais associados à acumulação de resíduos.
Segundo comunicado oficial, a medida permitirá “resolver a acumulação crítica de resíduos, com total conformidade legal e proteção ambiental garantida”, assegurando que os resíduos sejam tratados fora do país com acompanhamento adequado.
A ação surge na sequência da interdição temporária das praias de Labruge (Vila do Conde) e Angeiras Norte (Matosinhos), imposta na sexta-feira passada, depois de uma “alteração significativa” da qualidade da água do rio Onda. De acordo com resultados preliminares da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o fenómeno estará “presumivelmente associado” a descargas da empresa Lactogal. A interdição foi levantada na segunda-feira, após melhoria da qualidade da água.
O Governo explica que a solução emergente foi articulada entre a APA e a Lactogal, salvaguardando a legalidade e os impactos ambientais. Em simultâneo, está em curso “um processo para viabilizar solução nacional de tratamento, com operadores licenciados, que assegure resposta estrutural e sustentável a médio prazo”.
“O Governo pugnou por resposta urgente, legalmente enquadrada e ambientalmente segura à situação crítica da acumulação de lamas na ETAR da Lactogal de Vila do Conde, garantindo o cumprimento das normas ambientais e a proteção da saúde pública”, sublinha o comunicado.
OC/RPC/LUSA
