O traçado de Gilles Villeneuve representa um desafio único no calendário da Fórmula 1. Construído numa ilha artificial, este circuito semipermanente de 4.361 metros é uma mistura de longas retas que exigem potência máxima e chicanes apertadas que testam a coragem dos pilotos.
Aqui, os muros estão perigosamente perto, especialmente na saída da última chicane, que ficou imortalizada como o “Muro dos Campeões”. É neste ponto que vários campeões do mundo viram as suas corridas terminar abruptamente, uma parede que não perdoa o mínimo erro e que se tornou um dos símbolos do circuito. É o palco onde a agressividade e a precisão têm de andar de mãos dadas.
Um teste de fogo para travões e motores
A exigência do Canadá torna-o um circuito brutal para o material. As longas retas seguidas de zonas de travagem violentas, como a da chicane final e a do gancho da curva 10, colocam os travões sob uma pressão imensa, sendo um dos pontos mais exigentes de todo o campeonato para este componente.
Ao contrário do Mónaco, as ultrapassagens são uma constante, com várias zonas de DRS a proporcionar batalhas roda com roda. No entanto, a qualificação continua a ser vital, mas a natureza da pista e a sua propensão para a entrada do Safety Car garantem que nada está decidido até à bandeira de xadrez. Atacar os corretores de forma agressiva é a chave para um tempo rápido, mas um toque mal calculado pode significar o fim da corrida.
A variável do clima: o quebra-cabeças de Montreal
A indecisão para este fim de semana é um fator que promete baralhar todas as contas: a meteorologia. A previsão aponta para chuva e condições variáveis durante todo o evento, transformando a estratégia num autêntico quebra-cabeças.
Com a possibilidade de sessões em piso seco, molhado ou misto, as equipas enfrentam o dilema de encontrar uma afinação de compromisso. Esta imprevisibilidade pode nivelar a performance entre os carros e abrir a porta a resultados surpreendentes, transformando a gestão de pneus e o timing das paragens nas boxes no fator decisivo para a vitória.
Os mestres do Canadá
2007 – A primeira de sete vitórias de Lewis Hamilton no Canadá, igualando o recorde de Michael Schumacher.
Quando falamos do GP do Canadá, é impossível não mencionar os seus dois maiores reis: Michael Schumacher e Lewis Hamilton, ambos com sete vitórias. O britânico conseguiu aqui a sua primeira vitória na F1, em 2007, e desde então demonstrou um domínio notável neste traçado.
Entre os momentos mais memoráveis está a corrida caótica de 2011, vencida por Jenson Button na última volta após mais de quatro horas de interrupções devido à chuva. No pelotão atual, Max Verstappen venceu as três últimas edições e chega como favorito, enquanto o piloto da casa, Lance Stroll, sonha com um bom resultado perante o seu público.
Horários do GP do Canadá 2025
Sexta-feira, 13 de Junho
Treinos Livres 1: 18:30 – 19:30
Treinos Livres 2: 22:00 – 23:00
Sábado, 14 de Junho
Treinos Livres 3: 17:30 – 18:30
Qualificação: 21:00 – 22:00
Domingo, 15 de Junho
Corrida: 19:00
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