Os ‘dragões’, que contam por vitórias os seis jogos disputados em 2025/26, todos para a I Liga portuguesa, partem para a segunda prova da UEFA com o objetivo de conseguir, no mínimo, um lugar no play-off de acesso aos oitavos de final.
Para a primeira jornada, o conjunto comandado pelo italiano Francesco Farioli é favorito, frente a um adversário que, após sete jornadas, segue no quinto lugar do campeonato austríaco, a seis pontos do líder Rapid Viena.
O Salzburgo, que falhou o acesso à fase de liga da ‘Champions’ ao ser eliminado na terceira pré-eliminatória pelos belgas do Club Brugge (0-1 em casa e 2-3 fora), está numa série de três jogos sem vencer e duas derrotas consecutivas.
A fase de liga, que arrancou na quarta-feira, é composta por oito jornadas, prosseguindo com embates em 2 de outubro (segunda), 23 de outubro (terceira), 6 de novembro (quarta), 28 de novembro (quinta), 11 de dezembro (sexta), 22 de janeiro de 2026 (sétima) e 29 de janeiro (oitava).

Os oito primeiros classificados apuram-se diretamente para os oitavos de final, marcados para 12 e 19 de março do próximo ano, enquanto as formações classificadas entre o nono e o 24.º lugares disputam o play-off de acesso aos ‘oitavos’, em 19 e 26 de fevereiro.
Os jogos dos ‘quartos’ estão agendados para 9 e 16 de abril de 2026, as ‘meias’ para 30 de abril e 7 de maio e a final para 20 de maio, no Estádio do Besiktas, recinto com lotação para cerca de 42 mil espetadores, em Istambul, na Turquia.
O embate entre o Salzburgo e o FC Porto, da primeira jornada da fase de liga da Liga Europa, tem início às 21:00 locais (20:00 em Portugal), na Red Bull Arena, em Salzburgo, na Áustria, com arbitragem do grego Vassilis Fotias.
Francesco Farioli : “Retribuir o apoio dos adeptos”

Francesco Farioli perspetiva “um jogo difícil e desafiante” com “diferentes cenários” e pede aos jogadores que sejam “inteligentes a geri-los”. Ciente de que “ainda há muito a fazer” e de que “tudo pode mudar muito rapidamente”, o técnico italiano assegura que o grupo “não está relaxado” e lembra: “Este bom momento só nos deixa mais alerta e exigimos ainda mais de nós”.
Depois de pisar um relvado “que não está ao nível de uma noite europeia”, o treinador azul e branco revelou estar “à espera de um adversário agressivo que vai entrar com força” e afirmou que este “é o momento de transferir o nível de intensidade dos treinos para dentro do campo”. Para “fazer com que esta caminhada dure o máximo de tempo possível”, Francesco Farioli vai “pensar jogo a jogo” e tentar contrariar o histórico recente: “Nos últimos 16 jogos da Liga Europa só vencemos fora duas vezes nos últimos 13 anos e isso é algo que queremos mudar”.
O futebol é o momento
“No futebol os momentos negativos estão sempre ao virar da esquina. Tudo pode mudar muito rapidamente, por isso não estamos relaxados. Este bom momento só nos deixa mais alerta e exigimos ainda mais de nós nos pequenos detalhes. Vimos de uma boa série de resultados e não queremos baixar o nível. Esperamos um adversário ainda mais agressivo, que vai entrar com força, mas nós temos de estar preparados.”
Um relvado impraticável
“Não é uma desculpa, é um facto. O relvado não está ao nível de uma noite europeia e não garante a segurança dos jogadores. Há várias regras no futebol, às vezes queixam-se de detalhes como a cor das meias, que eu compreendo que também sejam importantes, mas não podemos tolerar que o relvado esteja neste estado, especialmente para atletas que vão jogar mais de 50 jogos neste terreno. Está a expô-los a um risco que não é necessário.”
A força do grupo
“Vamos encarar jogo a jogo. É assim que eu trabalho, tento eleger o melhor onze possível para ficar mais perto de vencer o jogo, tendo em conta a competição em que vou jogar. É um privilégio estar nas competições europeias, mas se houver alterações no onze, isso não é novo para mim. Eu acredito na força do grupo e já tivemos provas de que alguns jogadores estão preparados para sair do banco e fazer um excelente jogo. Vamos entrar numa fase da época em que vamos ter muitos jogos seguidos, especialmente na próxima semana, por isso temos de estar preparados e este é um bom desafio para o grupo. Como o Diogo (Costa) disse, nós tentámos elevar no nosso nível de intensidade nos treinos e agora é o momento de transferir isso para dentro do campo.”
Diogo Costa
“Para mim, enquanto treinador, é um privilégio trabalhar com um dos melhores guarda-redes do mundo, não só do ponto de vista técnico, mas também pelo papel que o Diogo assume no grupo e no Clube. É um exemplo em tudo o que faz, ele é muito especial e eu espero que o presidente André Villas-Boas prolongue o contrato dele por muitos anos.”
Alberto, Martim e Varela
“Todos estão a recuperar e a preparar-se para voltar, à exceção do Luuk de Jong e do Nehuén Pérez. O Alberto Costa já voltou a treinar, mas ainda temos de avaliar se fará parte do jogo ou não, enquanto o Martim Fernandes e o Alan Varela estão numa posição melhor, mas vamos avaliar a evolução deles hoje.”
Nuances táticas
“Tentamos acrescentar algo novo a cada jogo, mas também tentamos melhorar aquilo que fazemos diariamente. Somos confrontados com diferentes cenários, as bases estão sempre lá, mas os jogos obrigam-nos a explorar alternativas. Queremos continuar a evoluir e fico muito feliz por ter um grupo tão recetivo.”
OC/AJS/FCP

Jornalista