Jogo no Estádio do Dragão, no Porto
Árbitro: João Gonçalves (AF Porto)
FC Porto: Diogo Costa, Martin Fernandes, Nehuén Pérez, Otávio e Galeno (Alan Varela, 67); Eustáquio (Iván Jaime, 67), André Franco (Gonçalo Borges, 80), Nico González (Vasco Sousa, 80) e Rodrigo Mora (Namaso, 80); Pepê e Samu
Suplentes: Cláudio Ramos, João Mário, Tiago Djaló, Vasco Sousa, Alan Varela, Iván Jaime, Gonçalo Borges, Namaso e Deniz Gül
Treinador: Vítor Bruno
Boavista: César, Pedro Gomes (Marco Ribeiro, 71), Rodrigo Abascal, Filipe Ferreira e Augusto Dabó (Gonçalo Almeida,61); Sebastián Pérez, Vukotic (João Barros, 83), Salvador Agra, Reisinho, Bruno Onyemaechi e Bozeník
Suplentes: Tomé, Gonçalo Almeida, Alexandre Marques, Tomás Silva, Marco Ribeiro, Manuel Namora, Tiago Machado, João Barros e Diego Llorente
Treinador: Cristiano Bacci
Resultado Final: 4-0
Ao intervalo: 1-0
Marcadores:
1-0, Samu, 31 minutos
2-0, Nico González, 55 minutos
3-0, Rodrigo Mora, 59 minutos
4-0, Samu, 88 minutos
Cartões Amarelos: Reisinho (29), Nehuén Pérez (41), Martim Fernandes (41), Nico González (45+2), Otávio (61) e Rodrigo Abascal (81)
Assistência: 47.509
No Estádio do Dragão, no Porto, Samu (31 e 88 minutos), Nico González (55) e Rodrigo Mora (59) atestaram o domínio ‘azul e branco’, sem que os ‘axadrezados’ conseguissem expor a habitual competitividade, nem impedir a maior goleada da época.
O FC Porto manteve-se 100% vitorioso em casa, fruto de nove triunfos em outros tantos possíveis, e ganhou. pela terceira jornada seguida, tendo agora 40 pontos, contra 38 do Benfica e 37 do campeão nacional Sporting, que se enfrentam hoje em Alvalade.
Já o Boavista, entrou na zona de descida direta, ao cair para a 17.ª e penúltima posição, com 12 pontos, estando sem vencer há seis encontros e com um triunfo nos últimos 15.
Vítor Bruno manteve o jovem Rodrigo Mora nas opções iniciais e trocou Fábio Vieira por André Franco, face ao triunfo na visita ao Moreirense (3-0) ; o italiano Cristiano Bacci, técnico dos “axadrezados” apostou em Pedro Gomes e Vukotić em relação ao ‘nulo’ caseiro com o AVS.
A partida foi antecedida pela homenagem ao líder honorário do FC Porto, Pinto da Costa, evocado com uma coreografia nas bancadas do recinto no dia do 87.º aniversário, pouco mais de meio ano depois de ter findado um ciclo presidencial de 42 anos e 15 mandatos.
Jogo adormecido
Apesar desse clima festivo e da hipótese de chegarem ao comando provisório da I Liga, os ‘dragões’ demoraram a encontrar o seu ritmo e apenas começaram a abrir brechas na coesão do Boavista aos 25 minutos, com Samu a finalizar para fora um lance com Pepê.
O ponta de lança espanhol seria mais certeiro perto da meia hora, quando correspondeu ao cruzamento rasteiro de Martim Fernandes, que havia sido lançado em velocidade por Nico González na direita, para anotar o 17.º golo esta temporada, e 12.º no campeonato.
O intervalo chegaria sem qualquer réplica esboçada pelas ‘panteras’ nas imediações da baliza de Diogo Costa e com duas boas intervenções do gurdião boavisteiro, César.
O Despertar do génio
O FC Porto voltou em força dos balneários e ampliou a vantagem aos 55 minutos, com Nico a concluir sem oposição uma solicitação na esquerda de Mora, após canto curto de Martim, já depois de ter falhado no reatamento uma ocasião flagrante na pequena área.
Apercebendo-se da constante impotência do Boavista, a equipa de Vítor Bruno cresceu em acutilância e consumou o 3-0 antes da hora de jogo, fruto do virtuosismo de Rodrigo Mora, que se desmarcou a passe de Nico, tirou Filipe Ferreira da frente e rematou cruzado para o fundo da baliza da equipa do Bessa.
O ritmo foi decrescendo na meia hora final, pontuada por uma ‘mancha’ de César aos pés de Samu (65 minutos) e um ‘tiro’ a rasar o alvo do recém-entrado Iván Jaime (69), mas o FC Porto ainda festejou o 4-0, aos 88, com o ponta de lança espanhol, Samu, a marcar em mais um canto estudado, numa altura em que a plateia cantava e aplaudia por Pinto da Costa.
DECLARAÇÕES:
Vítor Bruno (treinador do FC Porto): “O Mora joga quando tiver de jogar…”
“A verdade é que os primeiros 20/25 minutos foram embrulhados, mas a partir do primeiro golo o jogo ficou mais simplificado. Começámos a descobrir os espaços, e voltámos a fazer um jogo sem sofrer golos. Podíamos ter feito mais (golos), mas a vitória é perfeitamente clara.
O que nos interessava era somar três pontos, conseguimos. Agora é esperar para ver o que acontece amanhã (hoje, entre Sporting e Benfica), sem preferência no resultado.
(Sobre a ausência de Fábio Vieira) – O talento tem de estar assente em pressupostos muito fortes. Quando isso falta, tenho de tomar decisões, e tomo. O Fábio tem muito talento e toda a gente sabe disso. Nós estamos aqui para ele.
(Sobre o aniversário de Jorge Nuno Pinto da Costa) – Ia terminar a conferência dessa forma, mas aproveito para dar os parabéns ao presidente, que conte muitos mais e que tenha muita saúde. Representa muitíssimo para o clube. Desejo-lhe toda a saúde do mundo, que possa tenha ficado muito feliz com a vitória do seu FC Porto.
(Sobre os seus festejos no golo de Rodrigo Mora) – A questão do “sprint” é questionável, aquela corrida foi porque eu sei o investimento que foi feito, ele sabe o esforço que lhe exigimos em termos defensivos. Tenho cinco meses de trabalho com ele, que tem o talento que todos reconhecem. Fiquei muito feliz por ele.
Como costumo dizer, o talento ganha jogos, o trabalho constrói carreiras. Mas o Mora joga quando tiver que jogar”.
Cristiano Bacci (treinador do Boavista): “Estivémos ligados até aos 2-0”
“Entrámos bem, mas o primeiro golo (do FC Porto) foi uma jogada individual importante. A nossa equipa esteve ligada até aos 2-0, depois, como é normal, o FC Porto conseguiu fazer mais golos. A vitória é justa, por números, em meu entender, um pouco exagerados.
A nossa equipa é muito jovem, sem experiência e uma derrota como esta tem aspetos positivos e negativos que teremos de avaliar, porque temos de chegar bem ao próximo jogo”.
Pinto da Costa homenageado
O Presidente Honorário do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, comemorou, ontem, 87 anos. Apesar de não estar presente no “derby”, o FC Porto preparou uma coreografia para assinalar a data, festejada de foma vigorosa por toda a plateia “azul-e-branca”.
AJS/FR/AP/Lusa
Jornalista