A criação resulta de uma parceria póstuma entre a associação UMCOLETIVO e o Grupo de Teatro Hoje (1975-1994), do qual Fiama foi fundadora com Gastão Cruz e Carlos Fernando.
O espetáculo parte do arquivo existente, incluindo a versão cénica quase integral da encenadora, a partitura musical de Jorge Peixinho e o programa de Igrejas Caeiro sobre a estreia.
Segundo os promotores, trata-se de “um processo de arqueologia teatral e, simultaneamente, uma proposta para uma colaboração (póstuma, mas tangível) entre o UMCOLETIVO e o Grupo de Teatro Hoje. É a certeza de que os arquivos pessoais são a possibilidade cabal de estudar as mulheres portuguesas do século XX”.
A iniciativa pretende reerguer a memória viva do espetáculo, cruzando testemunhos de atores, espectadores e críticos com a recriação cénica atual. O projeto propõe um diálogo entre dois núcleos artísticos, colocando em tensão a história, a cena contemporânea e a reflexão sobre a efemeridade do teatro.
Instalado na antiga Igreja do Convento de Xabregas, exemplar da arquitetura religiosa barroca e pombalina, o Teatro Ibérico mantém uma programação contemporânea diversificada, com artistas locais, nacionais e internacionais. O espaço distingue-se ainda como polo de criação própria, apostando na experimentação, na investigação e na relação com diferentes públicos.
OC/RPC
