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Quinta-feira, Julho 17, 2025
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“É o momento de todos construírem almofadas financeiras para o futuro” – disse Mário Centeno

O governador do Banco de Portugal defendeu hoje que este "é o momento de todos construírem almofadas financeiras para o futuro", nomeadamente numa altura de incerteza global.

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Mário Centeno destacou, na apresentação do Boletim Económico de outubro, as incertezas em redor do crescimento europeu.

“Sistematicamente temos revisto o início do processo de recuperação da economia europeia e temos menos inflação“, constatou. Assim, “há incerteza política global, também na Europa há uma nova comissão, há o debate sobre o financiamento comunitário e o serviço da dívida do NextGenerationEU“, acrescentou.

Tendo em conta este cenário, o governador reiterou que todos têm de construir almofadas financeiras, tanto o Estado como as empresas e famílias.

“O Estado tem de acautelar o futuro preservando as poupanças que adquiriu”, argumentou o ex-ministro das Finanças socialista, nomeadamente num “momento em que o investimento está tão frágil”.

O Banco de Portugal tem também “vindo a aumentar as almofadas financeiras nos bancos, esta semana tomou uma decisão nesse sentido”, recordou Mário Centeno, argumentando que “não há melhor momento para aumentar almofadas de proteção para o futuro”.

Esta segunda-feira, o BdP anunciou que vai alterar a metodologia e que a reserva contracíclica de fundos próprios passará dos 0% atuais para 0,75% em 01 de janeiro de 2026. Ou seja, será nessa altura que os bancos terão de ter reforçado esta “almofada” de capital.

O governador explicou que esta medida “tem um desfasamento grande porque os bancos têm de constituir almofada até 1 de janeiro de 2026”, para “dar tempo para os agentes económicos se adaptarem”.

No que diz respeito às famílias, Centeno destacou a revisão em alta das suas poupanças, que “vai situar-se acima de 11%”.

Tal aconteceu num contexto de aumento do rendimento disponível, que “cresceu muito fortemente em 2024“, com “fatores como salários, transferências e redução de impostos”.

Ainda assim, “o rendimento disponível vai perder dinâmica nos próximos anos”, pelo que o que esperam que aconteça e que “isto se faça sentir de forma muito moderada nos níveis de poupança”.

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