Estádio do Bessa, Porto
Boavista: João Gonçalves; Injai (Gonçalo Miguel, aos 75′), Abascal, Bruno e Filipe Ferreira ( (Machado, aos 82′); Reisinho, Alhassan e Silva; Vukotic (Seba Peréz, aos 68′), Salvador Agra e Bozenik Treinador: Cristiano Bacci
Braga: Hornicek; Mendes ( Victor Gómez, aos 68′), Bambu, Mbi e Marin; Zalazar, Vitor Carvalho, Roger Fernandes( Gabri, aos 86′) e Ricardo Horta (JoãoMarques, aos 94′); Bruma ( El -Ouazzani, aos 68′) e Roberto Fernandez (Gorby, aos 68′) Treinador: Carlos Carvalhal
Árbitro: António Nobre
Golos: 0-1 por Roberto Martínez (39′)
Carões Amarelos: Joel (aos 58′); Carlos Carvalhal (aos 69′); Seba Pérez (72′); Cristiano Bacci (80′); Victor Gómez (83′); Bozenik (93′)
Ao intervalo:0-1
Resultados Final:0-1
Jogo aguardado com expectativa, depois dos resultados na primeira jornada. Os do Bessa foram ao Casa Pia e venceram; por sua vez, os minhotos não conseguiram ir além de um empate, em casa, frente ao Estrela da Amadora.
Os primeiros 15 minutos foram de jogo repartido, com ligeiro ascendente do Braga, mas sem ocasiões de golo e os poucos remates efetuados saiam desenquadrados.
À medida que o jogo avançava, o Braga ia também crescendo e começava a incomodar o último reduto boavisteiro. Nota-se, claramente, que é um conjunto mais forte, com rotinas bem sedimentadas. Bruma, na esquerda, Roberto González e Roger, bem aberto na direita, eram os mais perigosos, principalmente com cruzamentos bem medidos para a área.

De quando em vez, o Boavista respondia em contra-ataque, mas não criava ocasiões de golo. Aos 26 minutos, num livre de Joel, após falta sobre Salvador Agra na meia-esquerda, o perigo rondou a baliza de Hornicek. E foi dos poucos momentos de apuro para a defesa do Braga na primeira parte.
Aos 39 minutos, o Braga chega à vantagem por Roberto Fernandez (segundo golo na Liga) , aproveitando o desacerto dos “centrais” da equipa portuense.
O Boavista reagiu ao golo sofrido, forçou o ataque, mas o resultado não sofreria alteração até ao intervalo.
A segunda parte começou com o Boavista no ataque, mas o remate de Bozenik passou muito por cima da baliza do Braga. Logo a seguir foi Salvador Agra que rematou e a bola rasou a barra da baliza dos minhotos.
O Boavista mais forte e objetivo nos reinício obrigava o Braga a cautelas redobradas. Aos 53 minutos o jogo entrou numa fase de “bola lá, bola cá” e o protagonismo passou a ser dos guarda-redes, que fizeram algumas boas defesas.
À passagem da hora de jogo, o Boavista já merecia um golo. O Braga procurava gerir a magra vantagem, mas a turma do Bessa atacava mais e criava perigo. Teve várias ocasiões em que esteve mesmo perto do golo.
Até ao final, o jogo foi repartido e qualquer uma da equipas podia ter marcado.

Referência para uma análise do VAR a suposta grande penalidade contra o Boavista por entrada mais ríspida de aAbascal sobre VIctor Gómez, que teve de ser assistido. Depois de analisado pelo VAR, foi considerada simulação do jogador bracarense que, por isso, viu o cartão amarelo. O reinador do Braga não concordou com a decisão, entendeu que seria grande penalidade, protestou e viu a cartolina amarela também.

Mais feliz, o Braga que, já dentro do período de compensação, teve uma no poste da sua baliza, a remate de Salvador Agra. E a história do jogo podia ter mudado naquele momento.
Uma vitória sofrida para o Braga, que vem de uma competição europeia, e uma derrota imerecida para o Boavista.
Carlos Carvalhal ( Treinador do Braga) : “Missão Cumprida”

“Depois de uma competição europeia, o importante é conseguir os 3 pontos. Vimos de um jogo eurpeu extenuante do ponto de vista físico e mental, e a viagem, que não nos permitiu a preparação que queríamos para este jogo, mas isso não impediu que o SC Braga fizesse uma primeira parte excelente frente a um adversário que defendeu muito; é difícil jogar contra uma equipa profissional de futebol, seja ela qual for, muito remetida ao seu meio-campo e com as linhas muito juntas e a defender de forma organizada, mas nós soubemos circular a bola, soubemos encontrar os caminhos, de forma a impedir o Boavista a sair em contra-ataque e acabámos por chegar ao intervalo a vencer 1-0, com toda a justiça.
Na segunda parte, e o Boavista tem mérito nisso, fez pela vida, mas a circulação de bola atrás, feita pela nossa equipa foi demasiado lenta o que fez com que o Boavista tivesse espaço para chegar à frente e não havia necessidade, deviamos circular a bola mais rápido e ser mais incisivos nas costas dos defesesas contrários. Andámos ali a fazer muitro toque, o que deu a hipótese ao Boavista de poder criar mais perigo e num desses momentos é de salientar uma excente defesa do Hornicek. Era a hora de reunir, colocámos mais um médio e fechámos bem, tivemos mais uma oportunidade e aquele lance do VAR, que nem quero comentar. 1-0, missão cumprida, depois de uma competição europeia, o importante é vencer.
Com a entrada nas competições europeias em definitivo e com a quantidade de jogos que temos pela frente até janeiro, estamos a a sentir que precisamos de equilibrar o plantel. Estou satisfeito com pos jogadores que temos, mas, possivelmente, vamos fazer mais um ou outro ajuste.”
O avançado Banza, um dos meljores marcadores da equipa e do campeonato, está afastado do plantel principal. Sobre isso, afirmou Carvalhal:
“Vou dizer o que disse na “flash”. Eu conheço muito bem o SC Braga, é um clube histórico, com tradição; um jogador profissioanl do SC Braga ( ou qualquer outro profissional do clube) tem de ter compromisso com o clube e com a equipa.O que é que é preciso para jogar no SC Braga? É compromisso com a equipa e compromisso com o clube. Basta isso.”
Cristiano Bacci ( Treinador do Boavista): “Faltou coragem”

“Na primeira parte, não esteve em causa a questão tática. Faltou coragem. Na segunda parte fomos mais pressionantes, porque tivemos mais coragem, conseguimos ter bola e explorar os flancos. É um mix entre a situação mental e a situação tática. Os jovens da equipa, estiveram muito bem. Para mim são jogadores. Não importa se tem 15, 18 ou 29, são jogadores do Boavista. Tenho de fazer escolhar, mas estou satisfeito com o trabalho de todos. Sáo jogadores que tem muito jogos efetuados pelas camadas jovens e dão garantias nos jogos que tiverem de fazer.”
Reportagem OC : Alberto Jorge Santos (texto); António Proença e Vítor Lima ( fotos)

Jornalista