Os manifestantes derrubaram as barreiras de segurança que cercavam o Passeio do Prado, entre a zona da meta e a estação da Atocha, e iniciaram uma marcha gritando “não é uma guerra, é um genocídio”.
Os protestos versam a participação na prova da equipa israelita Israel-Premier Tech.
A 80.ª edição da Volta a Espanha, na qual o português João Almeida é segundo classificado, terminou sem cumprir a 21.ª e última etapa entre Alapardo e Madrid.
Sem cerimónia do pódio
“É uma forma de dar visibilidade ao genocídio em Gaza, de dizer ao mundo que sim, é possível. Uma pessoa sozinha em casa pode pensar que não há nada a fazer, mas aqui provamos que unidos é possível, que vale a pena protestar e sair à rua”, disse à Lusa Maria Eugenia Galán, uma advogada de 38 anos de Madrid, entre os aplausos e muitos gritos de celebração, a meio do Passeio do Prado.
Uns metros mais acima, na praça de Cibeles, na zona que deveria ser a meta e a da festa do pódio, Aida Gonçalves, a tia do português João Almeida, que ficou em segundo lugar na prova, disse que “se compreende a importância de defender os direitos humanos”, mas é “uma pena” que os ciclistas não tenham direito ao “registo do pódio“, que conquistaram depois de “trabalharem o ano inteiro”.
