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Segunda-feira, Janeiro 13, 2025

Um Presidente da Republica Prêt-a-Porter…

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Amaro F Correia
Amaro F Correia
Docente na Atlântico Business School/Doutorado em Ciências da Informação/ Autor do livro " Governação e Smart Cities"

Divido a reflexão entre dois cenários que me parecem pertinentes, preocupantes e censuráveis do ponto de vista ético e moral. O futuro da Europa como objetivo e o papel do Presidente da República de Portugal à beira da senilidade, compulsiva, com a comunicação (se já não está).

Por um lado, analiso, uma vez mais, o completo desinteresse na escolha dos candidatos à Europa, num momento fragilizado da mesma, face aos acontecimentos internacionais emergentes.

Um outro cenário, a aparente senilidade, compulsiva, de um Presidente e a necessidade urgente de ser criado um órgão do Estado (verdadeiramente independente) de forma a avaliar a saúde mental dos titulares de órgãos políticos, de escolha popular e democrática (nota: enviarei este artigo para o email pessoal, do Presidente, como o faço desde o início do seu mandato – no 1º mandato, respondia, sempre, no 2º mandato, estável, nunca respondeu, mas insisto…).

Ninguém está livre de ficar doente. Somos Humanos. Estou muito preocupado com o que ouço e sinto-me responsável, porque votei, no primeiro mandato. em Marcelo Rebelo de Sousa, não pensando, nem perspetivando (não sou bruxo) o grau “esquizofrénico aumentativo”, com obsessão pela imprensa. Valha-me Deus! Ainda bem que sou agnóstico.

Na vertente das eleições europeias, fiquei espantado que os partidos do “arco da governação” (cada vez menos) fizessem da Europa, ou melhor, das próximas eleições europeias, um supermercado a preços de saldo, premiando com o “El Dorado político”, numa aposta, em candidatos refugados e/ou, em saldo, bem como “betinhos” que se habituaram a “larachas” na TV e que, de experiência política europeia, ou relações internacionais, são Zero. Menos que Zero…isso preocupa-me e não o afirmo à toa. Ligo a TV e leio jornais diários.

Resta ainda perceber neste país de cunhas, qual “a cunha” incentivadora ao PSD, na escolha de um miúdo de 28 anos, esbugalhado, para um ciclo político difícil (quiçá de guerra na Europa), onde os seus escritos e as suas intervenções revelam uma completa impreparação política para esta função. Política europeia? Talvez seja melhor estudar antes de assumir o lugar. Mas não é só: o PS (Prêt-a-Porter) usou o mesmo esquema de premiação: Temido é tudo menos conhecedora de políticas europeias e revelou isso nas suas parcas intervenções, dos últimos dias, preocupada em justificar a sua demissão no Governo, quando, para nós, que votamos e escolhemos, interessa perceber o que vai defender na Europa.

Política europeia, confesso… não deve ser o seu forte! (Nota cusquice, redes sociais: já nada me admira quando o nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros aparece, num vídeo, na NET, embriagado numa ruela de Bruxelas (sem ser desmentido); quando assume a sua homossexualidade (não preciso de saber) para se candidatar a um cargo político, porque agora, parece tudo normal, de forma a ganhar vantagem e a pressionar a imprensa a não o enxovalhar…) Estamos entregues a gente que de liderança não sabe nada e não tem perfil.

Ou seja, PSD e PS esbanjam, ano após ano, a possibilidade de retirarem à extrema direita, protagonismo, aumentando os seus deputados. É um facto. Sobre este tema, meus caros pseudolíderes, estamos entendidos e o posicionamento que terei, mesmo percebendo a preocupação da senhora Roberta Metsola na abstenção, vai ser esse mesmo.

Não votarei neste Prêt-a-Porter de interesses partidários, mas sim, em quem apresente e defenda propostas europeias substantivas, premiando quem conheça a sua formação e os seus princípios e valores. Não basta afirmar que amam a Europa, tem de provar o que vão fazer e justificar o que vão ganhar, para me dar descanso.

Quanto ao segundo cenário, são as afirmações do Senhor Presidente da República sobre o ressarcimento financeiro dos países colonizados. Pergunto antes de “assorear os cães” (expressão popular no Porto): Onde vai buscar o dinheiro? Como vai ressarcir as famílias, assassinadas, portuguesas? Ressarcir as famílias abandonadas? Famílias que fugiram para Portugal e deixaram tudo, tudo? Os retornados, que foram tão mal tratados pelos portugueses, pós – 25 abril? Já agora, não quer mandar julgar, no Tribunal Penal Europeu, os líderes que descolonizaram à pressa? Não quer acusá-los de genocídio? Mas, ressarcir países que estariam bem melhor sobre a orientação colonial, do que estão, 50 anos depois? Porquê? Que culpa tenho, a não ser ter votado em si no 1º mandato, desta bagunçada disparatada em que insiste? As gêmeas, o pagamento colonial…o que vai inventar mais? Não acha que depois da descolonização, estes países continuam empobrecidos, porque a “Civilização Europeia”, não os ajudou a crescer? Acredito, sinceramente, depois de tantos disparates seguidos, que o Presidente esteja com problemas de saúde, mentais.

Acredito que este segundo mandato deve ser analisado e escrutinado por todos os que votam, nas próximas eleições. Deveria haver um Órgão que, tecnicamente, avaliasse o estado mental de um Presidente, ano após ano, a partir dos 75 anos. Não podemos passar por este vexame internacional. O Presidente da República sugere o ressarcir de países que não são sustentáveis financeira/politicamente. Que continuam em guerra, instabilidade política e os seus povos são vítimas de repressão encapotada, muitas vezes militar, com parcos recursos. O Presidente da República sugere pagar a Estados com níveis de corrupção elevadíssimos? Este Presidente fala e fala, por falar, sem medir as consequências. Este Presidente precisa de ter alguém a falar com ele sobre os disparates que nos habitua, diariamente. Precisa de aconselhamento. “Por qué no te callas?” Diria Juan Carlos. Abrir a caixa de Pandora, como a que abriu é um tiro na democracia, na gestão financeira do Estado e põe em causa a sua sustentabilidade. A História, um dia, contará como é que um parágrafo fez cair um Governo e a responsabilidade de uma procuradora, “irresponsável” que, até hoje, não assumiu as suas responsabilidades sobre a tutela deste Presidente da República.

Um dia a História contará se houve, ou não, premeditação de alguém que gostaria de “voar”. Um dia, saberemos porque é que a Justiça age rapidamente para uns e deixa todos os portugueses pendurados, por cordas. Um dia saberemos até que ponto o Ministério Público está ou não politizado? Um dia saberemos tudo isto, mas já não iremos a tempo, porque os atores políticos só desejam poder e estatuto social do Estado, tal e qual um país qualquer africano em que o poder é usado para tirar benefícios.

Façam as vossas análises. Tudo começou muito mal, com D. Afonso Henriques a “bater” na mãe….mas foi REI… Marcelo Rebelo de Sousa não tem o direito de enxovalhar o povo português com disparates….deveria retirar-se para meditação compulsiva até final do mandato. Eu não aturo. E os portugueses estão fartos de o aturar.

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