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Quarta-feira, Maio 21, 2025

Quo vadis democracia?

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Em muitas partes do mundo, as democracias existentes apresentam problemas, estão mais em recuos do que avanços. A pretexto de crises, quase sempre associadas às questões económicas, o seu aprofundamento, a mexer-se no que está, vai no caminho para retroceder.

Houve avanços? Claro que sim, quase sempre associados a revoluções, independências dos respetivos países. No caso Português, a Revolução de 25 de Abril de 1974, é claro exemplo disso. Instituída a Democracia, a mudança de paradigma foi enorme, a todos os níveis: político, económico, social, cultural.

A conflitualidade está à espreita, qual colete apertado, em busca da alteração da correlação de forças. A Casa da Democracia, a Assembleia da República, poderá vir a ser exemplo disso. Em vários Parlamentos, desta aldeia global, desde a violência verbal mais ou menos exacerbada, às cenas de pancadaria, até as Cortes já tiveram um Tejero Molina de pistola em punho. O Capitólio foi invadido, tomado de assalto, há pouco mais de três anos.

Aquilo que muitos julgam como adquirido, pode sofrer ataques a vários níveis. Valores, princípios, que se davam como alcançados, na melhor oportunidade, poderão ser apresentadas medidas legislativas de revogação…

A Democracia é, sem sombra de dúvida, o melhor dos sistemas. É um processo em construção… nada está conquistado para sempre.

Muita gente formada em prestigiadas Universidades nacionais e internacionais, terá de voltar à escola, leia-se Universidades, pois, naquilo em que se certificaram, deixará de ser válido, caso vinguem essas posições. Vão ter de fazer novas unidades curriculares, os programas de cursos passarão a ser diferentes, nas áreas das Ciências Sociais e não só.

As guerras, em vários cantos do mundo, sendo as mais mencionadas as da Ucrânia e Gaza, condicionarão ainda mais as democracias existentes. Em vez de aprofundamento, o esforço de guerra vai implicar muita coisa/mudança aos/nos respetivos países… Uns serão os países diretamente envolvidos e os que não estiverem, na linha da frente, suportarão as consequências económicas…

Não estando declarada a Guerra Mundial, pela escalada previsível e quantidade de conflitos, ainda que locais, a generalização destes está à espreita.
Poderá o leitor dizer, em tempo de guerra, não se limpam armas, poderá ler-se, «suspende-se a Democracia».

Que as forças do bem, as forças da Paz, saibam criar estratégias, não só para evitar o escalar dos conflitos, mas também para conduzir ao fim da Guerra.

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