“Errar é humano. Culpar outra pessoa é política.” Churchill. Esta reflexão é sobre a condição precária do PSD e do PS no nosso sistema, com responsabilidade na Governação de Portugal. Deixem-se de tretas e acordem para a vida. Ainda não perceberam o que esta a acontecer? O desbocado do Marselfie sem refletir e pensar (para ficar na história – pela melhor razão) dissolve o parlamento e convoca eleições. Uma história pequena, como ele.
Ninguém mais ouviu falar, na imprensa, das gêmeas? Acabou? Uma imprensa corporativa? Mas não seria de investigar o Doutor Nuno, a brasileira e a ex-mulher que também trabalha, por “mérito”, na EDP? Nada, nada e depois queixam-se que vão para o desemprego ou são despedidos. Este é o estado a que o quarto poder chegou. A máxima que se aplica ao português corrente e às empresas é; “recebo um subsídio do Estado e calo-me”. Habituei-me ao longo destes anos ao inconformismo jornalístico e de cidadania. Não me calo e por aqui tentarei passar a mensagem que me vai na alma.
Cresci, num tempo, com excelentes recordações democráticas. A minha rua no Porto – o Bonjardim – era a rua mais frequentada pelas gentes da noite. Bares, cafés, restaurantes, casas de alterne e o Perola Negra faziam as “delícias dos turistas”, no Porto. Não me esqueço de ouvir e ver as mulheres, à noite, (toda a noite) na janela do meu quarto, a saírem dos bares e calcorrearem as ruas húmidas, do Bonjardim, a caminho das suas casas. Inesquecível. O JN e o meu amigo Timóteo habituaram-me às últimas do FCPorto, sempre que estava num treino ou a acompanhar o clube. Saudades da caminhada até as Antas.
Custou-me perder alguns amigos próximos, mas a memoria não me apaga, aliás, como é espantoso acumular memorias e afetos. Só os políticos é que não sabem. O tempo voa. Até o famoso “Big Ben” (snack aberto 24 horas) acolhia todos, todas e todes… os que pela noite dentro, trabalhavam e/ou se divertiam. Sou do tempo em que os partidos ostentavam seriedade e que a imprensa era respeitada pela sua liberdade. “(…) Se as posições concretas podem mudar, o essencial mantém-se. E o essencial, para o PPD é a defesa da social-democracia como via realista e equilibrada para o Socialismo. Socialismo que é justiça, liberdade e igualdade” (Sá Carneiro). Tudo mudou e por isso, olhamos o digital com desdém dos tempos idos. Não é mau, mas tenho saudades.
O Porto mudou, as cidades mudaram, o país mudou e as pessoas são diferentes, não sei, se para pior, mas que são, aí isso são. Fruto da democracia, da demissão das famílias em educar e formar, o resultado é este. Esta é uma reflexão, onde nunca acusarei, muito menos difamarei quem quer que seja pela sua postura ou pelo seu carácter, mas tenho obrigação moral, como cidadão, de partilhar opinião, sobre o meu país e a minha cidade. Na minha cidade, para já, não o farei porque não existem eleições. Vou centrar-me na espuma diária, das notícias do país.
A frase inicial é dedicada, inteiramente, ao PSD (com algumas expectativas, ainda) e ao CD(efunto)S, onde, os seus representantes, ao longo dos anos foram escavando até ao desaparecimento final. Melo, Cristas, o Picador do Porto (trabalhador inconstante até as 5 da manhã, (chegava perto do meio dia ao seu posto de trabalho)) o imberbe do Ministro da SS (nem sabe como foi), o PP (coveiro) já para não falar nas eleitas da minha cidade, com um crivo exigentíssimo na AP. Enfim, estes foram os verdadeiros potenciadores do Basta. Os seus responsáveis têm nome. Agora, assustados, sabem que o Basta os vai ultrapassar e que a A(tentado)D(emocracia), servirá como a estucada final.
Acompanho as sondagens, especialmente, dos mais jovens, nas plataformas digitais e por isso, garanto, a 2 meses de eleições, que estamos perante um novo paradigma que pode levar a falência do Estado, por falta de receitas. Trágico? Dramático? Na verdade, colhemos o que semeamos e o que analisamos é um PSD e um PS (tirando as notícias da combinação de juntas de freguesia, em Lisboa, para tachos – visão muito à frente desta reflexão) estão a esbanjar (com a cumplicidade dos Presidentes) processos e pessoas com valor para o futuro da democracia, no país. Basta perceber a lista de deputados ao Porto, do PS, que não são do Porto, nem conhecem o Porto e para não falar na ignorância de algu(ns)mas que andam por lá, atras do tacho, para sobreviver. É este o estado da nação.
Não sou a favor da “tonteira” desfasada, no tempo e no mundo, da comunicação social, nacionalizada proposta pelo PCP (é de loucos à moda de Putin). Ainda não perceberem que só lhes dá troco gente que pensa pouco ou que esta ressabiada com alguém. Tudo é muito curto para o mundo onde vivemos. Mas esta reflexão, aqui, é para alertar os senhores que têm em vista os “tachos”, no PSD, para se porem finos e arteiros porque o Basta vai ultrapassa-los nas sondagens.
Aliás, alguns destes “artistas desertores” próximos, ao “risos”, estão a fugir a “sete pés” para um tacho melhor, do Basta. Espertos! Quando é que os homens e as mulheres vão aprender que a política não é a moral que se ocupa apenas do que é oportuno. Doutorado em Ciências da Informação (Sistemas e Tecnologias). Autor do Livro: Governação e Smart Cities, editado em 2019. Docente na Atlântico Business Scholl. (Facebook/Insta/email): Amaro F. Correia(1@gmail.com)
Docente na Atlântico Business School/Doutorado em Ciências da Informação/ Autor do livro ” Governação e Smart Cities”