O músico, que é natural de Viana do Castelo e se autodefine “tocador de phole“, apresenta-se agora em TRIO, uma nova vertente do seu trabalho a solo.
Nesta nova dinâmica juntam-se a ele Vítor Lima, na percussão, e Jaime Alvarez, no baixo elétrico, ambos com raízes no Alto Minho e vasto currículo musical: Vítor Lima, no canto e direção coral, a que alia a paixão pelo percussionismo, e Jaime Alvarez no contrabaixo, com percurso na música clássica e no jazz.
O resultado deste encontro a três está patente num showcase gravado no início de 2024, que chega agora às plataformas digitais (os primeiros 3 temas já estão disponíveis) e que terá continuidade nas apresentações ao vivo. Uma viagem por temas originais do PHOLE, interpretados em TRIO, e onde a concertina dialoga com outros instrumentos.
PHOLE TRIO define-se numa fusão de atmosferas e experiências, trazendo assim para o projeto uma nova sonoridade.
Se Vítor Lima cria uma roupagem rítmica na exploração de diferentes timbres e instrumentos percussivos, que vão desde o adufe ao jogo estético de pratos e shakers, e Jaime Alvarez usa o baixo elétrico para construir uma base sólida, com acentuação e variação rítmica, é na concertina e nas suas harmonias que se centra esta dialética discursiva, com Gigante a apostar, ainda mais do que antes, no processamento analógico e digital do instrumento, nomeadamente com a utilização de loops ao vivo.
Musicalmente existem resquícios de frases tradicionais, onde a chula, o vira, a mazurca e o jazz se cruzam, mas acima de tudo, uma exploração que se situa dentro do largo espectro da world music.
A primeira data confirmada para a atuação ao vivo do PHOLE TRIO acontece no dia 17 de maio, no Centro Cultural de Paredes de Coura, no âmbito do Ciclo de Polinização.
Em todos os concertos, o desenho musical será acompanhado com a projeção de um filme.
Vale a pena lembrar que, na sua versão anterior, o projeto liderado por João Gigante também passou por vários palcos do país, entre os quais Festival Bons Sons (2022), Triciclo (2020), Festa do Outono em Serralves e Museu Calouste Gulbenkian (2019). Em 2022, lançou o álbum a solo: “Granito”.