Para quem gosta de História de Portugal e tem um conhecimento geral acerca da nossa Nação, facilmente constata que Portugal é um país pobre. Porque historicamente nunca foi outra coisa.
Senão vejamos:
Para não ser pobre, Portugal tinha de ser organizado; e não é – nunca foi.
Para não ser pobre, Portugal tinha que procurar o mérito, e não procura – nunca procurou.
Para não ser pobre, Portugal tinha de apreciar empreendedorismo, e não aprecia – nunca o apreciou.
Para não ser pobre, Portugal devia ter Instituições fortes, mas, em vez disso, tem Instituições politizadas que zelam pelos interesses partidários, em vez do Interesse Nacional.
Para não ser pobre, Portugal devia olhar para a Agricultura como a atividade Económica riquíssima que é, e não olha – nunca olhou.
Para não ser pobre, Portugal devia olhar para os Industriais e multiplicá-los – e prefere asfixiá-los.
Para não ser pobre, Portugal tinha de ensinar a ler, a escrever e a contar – e
não ensina; prefere ‘Wokizar’.
Acredito que o país que somos hoje é reflexo de oito anos de socialismo, da mesma forma que acredito (e isso preocupa-me muito mais) que somos hoje, aquilo que fomos ontem e que seremos amanhã.
É certo que a Ideologia de Esquerda empobrece um país e toda uma comunidade – disso tenho a total e inequívoca certeza – mas o que se passa com Portugal é uma pobreza de séculos.
É um ficar aquém contínuo e estrutural. Se nos debruçarmos num exercício de
análise à História portuguesa, constatamos que são raros ou quase inexistentes os momentos em que, neste pequeno país de sol grandioso e luz inesgotável, houve, de facto, prosperidade. Quantas oportunidades quase aproveitadas! Quantas metas quase alcançadas? Quantos objetivos quase cumpridos?
Um país que espera por um Salvador, é um país que não merece ser salvo.
Esta parece-me ser a nossa eterna realidade.
Professora de Português e Alemão