Ao longo dos anos, tenho insistido em tratar o marketing, segundo Kohler, com muito carinho e amor, ou seja, nas variáveis que o marketing nos apresenta, sustentamos metodologias em várias áreas, inclusive na política, que nos apontam caminhos e soluções objetivas para as empresas e organizações.
Pois bem, sem fugir ao assunto do momento, refiro-me, concretamente, à famosa coelha Acácia e à Galambada que no último ano assolou o sistema politico português, entre outros. Mimalhices de quem tem pouco para pensar no futuro do país. Pensamos, sempre, que abrimos o telejornal “lá vem mais uma desgraça, já não bastava a guerra…”. Não entro na discussão barata das traquinices de alguns meninos mimados, que nunca lhe poderemos reconhecer qualquer contributo para a nossa riqueza, vulgo PIB, em Portugal.
Isto até parece simples, mas é grave, porque na verdade demonstram pouquíssimo traquejo e habilidade política para enfrentar a difícil missão de Ministrar uma pasta, a gerir milhões… mas pior do que a má gestão, está em jogo o futuro de todos. Todos ou todas nunca geriram empresa nenhuma em lado nenhum. Como saber gerir? Já critiquei, em presença, na FITUR ao Sr. Ministro da Economia a falta de sensatez do PRR estar direcionado, em cerca de 80%, para o Estado, quando, na verdade, deveríamos ter um PRR focado no aumento da receita, num ciclo político de 10 anos, pelo menos.
Voltamos ao “infernal” ciclo eleitoral que obriga os políticos “a bergar a mola” como se diz aqui, pelo Porto… para continuarem no poder. Vai daí, decidi dirigir-me aos mais “espevitados” e sensatos Ministros, ainda ou nos próximos anos do nosso país, (no Porto diz-me “menos morcons”) de forma a fazer entender que talvez aprendessem algo se percebessem o percurso das cerca de 94% de micro-empresas + 5,9% das Pme´s que são o sustento incrível da riqueza neste país.
É pouco, é curto, mas é o que temos. O Marketing, a comunicação e a imagem, são defendidas, segundo estudos académicos, por cerca de 88% dos CeO´s em vários países. Todos são unanimes que, neste século, a Comunicação é o fator primordial de ligação entre as organizações e as empresas, quer interna ou externamente.
Hoje, temos de Pensar Global, deslocalizando o mais possível a nossa comunicação com ações objetivas de Marketing. Quando refiro o W5H2 ou Design ThinKing não são “bitaites” ocasionais, mas ferramentas uteis para atingir metas. Porque é que o nosso Governo teima em não perceber o que é mais útil para governar? Digo isto, porque o Senhor Primeiro-Ministro,neste mandato, decidiu “inovar” e na vez da “geringonça” premiou-nos com um Assessor de Comunicação que pelos vistos seria o must dos “musts” nesta área, mas ao analisar, todos os dias, é um desnorte total com a comunicação do Governo, muito pior de que quando não havia, pelo menos que se saiba, qualquer “must” em comunicação governativa e/ou política.
É dramático para os cidadãos que cada vez mais acreditam menos nos propósitos dos políticos, que sustentam o sistema político, que nos permitiu viver melhor, no último seculo.
É preciso pensar que a democracia é o único sistema político que pode ser experimentado e com estas galambadas à la carte e/ou Acácias fúnebres a evidenciarem preocupação, quanto ao futuro, não se afigura nada de bom. Estou em crer que não ficarão por aqui mas se a nossa ação societária não for evidente, participativa e disruptiva, estaremos a hipotecar a credibilidade do sistema e acima de tudo a testar os limites para o aproveitamento de forças políticas populistas, que não têm propostas de governo, mas sim tentações de poder.
Não se iludam, se 672 Ceo´s de 40 países consultados defendem que os dados devem ser usados pelas empresas e pelas agências de marketing (76%) e 53% afirmam incentivar conversas, em brainstorming, orientadas para a empresa, resta-nos pensar que os nossos políticos estão surdos, cegos e mudos.
O Governo deve meditar! Talvez “Yogar” em meditação e não bitaitar. Seja este ou outro qualquer. Aprendam pelo menos com os erros…

Docente na Atlântico Business School/Doutorado em Ciências da Informação/ Autor do livro ” Governação e Smart Cities”