Confrontado, esta manhã, por uma informação de supostas irregularidades no jornal “Regiões”, entre as quais, a falta de pagamento, há largos meses, dos salários aos jornalistas, desrespeito pelos contratos e uso indevido de verbas do IEFP de Castelo Branco por parte do proprietário, sentimo-nos na obrigação de relembrar os nossos leitores, colaboradores e público em geral de alguns aspetos, fundamentais, de “O Cidadão”. Nós não somos “isso”!
Temos a noção exata da dificuldade que existe para colocar em circulação um jornal comercial. Seja de especialidade, diário, semanal ou local. Se as grandes empresas de comunicação social fazem o que fazem, não é com meia dúzia de subsídios público-privados que se consegue gerir a tesouraria. Quem o faz, ou vai de má-fé ou não tem a mínima noção das despesas e receitas de um jornal.
“O Cidadão” é um projeto diferente. Diário, digital, registado na ERC, generalista. Mas não promete o que não tem.
Os que estão já connosco, entendem a filosofia e sabem, com toda a clareza, as condições de trabalho. E mais, todos somos proprietários do jornal. As empresas que aqui fazem publicidades e parcerias, estão conscientes da sua colaboração com a sociedade. Quanto mais fortes formos, mais e melhor informação terão as pessoas.
Não trabalhamos para uma empresa comercial, não somos cúmplices de trafulhices e tudo fazemos para que esse tipo de “vírus” não entre na associação que detêm a propriedade. Como jornalista, jamais seria capaz de enganar os meus camaradas. E quem faz a gestão financeira da associação, tal como eu na parte editorial, também age com critério e transparência. Não somos jornalistas “conhecidos”, somos cidadãos.
Temos ambições? Sim! Havemos de conseguir, também, ter uma redação justamente remunerada. Sabemos o terreno que pisamos e o caminho a seguir. Quando fazemos convites a algumas “estrelas” do jornalismo, não por serem, apenas, “figuras”, mas pela competência que lhes reconhecemos, abrimos o jogo. Todo! Somos iguais neste projeto! E como gostávamos de ter connosco muitos jornalistas da “velha guarda”!
Não podia deixar de frisar a possibilidade de qualquer pessoa ser proprietária de “O Cidadão”; todos podem colaborar, mediante as suas valências. E esperar transparência na informação do projeto. Porque a realidade não nos mete medo. Não estamos presos a poderes, logo, nada temos a esconder.
Os abusos aos jornalistas são uma constante. A necessidade, fá-los acreditar em quem não deviam – desde a imprensa local à nacional! Como também já passei por esses atropelos à dignidade, optei por colaborar num jornal ao serviço da Cidadania – tão pouco respeitada, também, pelos poderes instituídos.
O nosso caminho está traçado. Sabemos o que queremos. E queremos muito, acreditem! Mas não queremos enganar os nossos camaradas e, muito menos, enganarmo-nos a nós. Estamos à vossa espera. Ajudar-nos-emos mutuamente.
Jornalistas, colaboradores, anunciantes: vamos, todos juntos, dar saúde a este projeto cidadão. No país inteiro. As pessoas, sempre, em primeiro lugar. Por cá, é novidade, mas nos países do norte da Europa, não.
O Jornalismo livre, independente, imparcial, de proximidade, abriu-nos esta porta. Vamos entrar. Perder esta oportunidade seria uma traição à Cidadania.
Do norte, sul ou ilhas. Estão todos convidados. Juntem-se a nós.
Jornalista