Onofre Varela, artista gráfico, decano dos cartunistas portugueses e ex-maquetista nos principais jornais da cidade do Porto e A. Jorge Santos, diretor de “O Cidadão”, foram os palestrantes deste primeiro evento da Oficina do Cidadão.

Os 16 participantes tiveram oportunidade de saber como se fazia um jornal em suporte de papel, nos tempos áureos do jornalismo em Portugal, explicado por Onofre Varela, “obreiro” gráfico de vários jornais, como o “Jornal de Notícias”, “O Jogo” e os saudosos “O Primeiro de Janeiro”, “O Comércio do Porto” e “Notícias da Tarde”.

A transição do papel para o digital foi, também, discutida, cabendo ao jornalista A. Jorge Santos, informar sobre técnicas redatoriais da notícia, reportagem, entrevista e artigos de opinião. Com foco bem apontado à redação do “lead”, parágrafo que inicia a notícia.
Foram aborados os temas tão atuais – notícias falsas e abuso informativo das redes sociais – de modo a alertar os participantes dos cuidados a ter com informação veículada através de fontes duvidosas.
A Oficina do Cidadão e o jornal O Cidadão são dois dos projetos “filhos” da Associação Letremperspectiva. Se o periódico pretende levar às pessoas informação de proximidade, útil e credível, a Oficina do Cidadão tem por base a formação nos mais diversos assuntos. O jornal opta por uma forte componente de opinião, aberta a todos e a Oficina organiza com base na vontade dos associados da Letremperspetiva.
Jorge Santos, presidente da direção da Letremperspetiva e diretor de O Cidadão, explica como funciona a organização, “é uma organização das pessoas para as pessoas. Todos e todas podem ser associados da Letremperspectiva e, depois, participar ativamente quer no jornal quer na Oficina do Cidadão. A quota tem o valor de 12 euros por ano, ficando os associados com toda a liberdade de sugerir e pôr em prática as atividades que muito bem entenderem no âmbito da Oficina do Cidadão. Com a particularidade do o poderem fazer em qualquer parte do país e até no estrangeiro, onde houver comunidades portuguesas.”

Sobre o evento do passado sábado, o responsável pela organização mostrou-se muito satisfeito, “foi uma ótima iniciativa. Estão de parabéns. Praticamente todos os que fazem parte da redação de “O Cidadão” – que pretende ser um jornal formador – bem como os colaboradores, estiveram presentes. E todos contribuiram para um evento informal, leve, vivo e promotor de diálogo, mas com bastante informação. Não concordo quando diz que fomos só 16. Não, já somos 16. Não podemos esquecer que aqui não há lucros, toda a verba é para melhorar este contato com as pessoas, o jornal ainda é só digital e está online há escassos sete meses e a Oficina de Cidadão iniciou a sua atividade agora e com parcos meios financeiros. Considero, por isso, uma participação muito positiva, quer quantitativamente quer qualitativamente. Acredito que, na próxima, no mês de maio e com a introdução do módulo rádio, o número de participantes vá aumentar.”

A Rádio O Cidadão é o próximo projeto desta associação cívica que apela a todos para fazerem parte da equipa porque a sociedade pecisa de organizações desta natureza, “é fundamental a participação e o apoio. Somos livres, independentes e sem cariz lucrativo. Estamos aqui para dar o nosso apoio a uma sociedade muito egoísta e fechada. Só fará sentido a nossa existência se todos contribuírem. Apelo à participação, pois esta associação tem diversas valências e todos são importantes.” -. disse Jorge Santos
A inicitiva organizada pela Oficina do Cidadão teve o apoio da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valadares.
A todos os que pretenderem mais informação ou fazerem parte desta comunidade podem contatar através dos endereços eletrónicos:
oficina@ocidadao.pt
rp@ocidadao.pt
redação@ocidadao.pt
