Jim Caviezel, desempenha um excelente papel que nos prende ao ecrã desde o primeiro ao último momento. Tim Ballard (Jim Caviezel) foi muito corajoso em salvar a menina dos cruéis traficantes de crianças, mesmo colocando sua vida em risco para libertá-la. Tim Ballard é um exemplo de um verdadeiro ser humano.

Ouso dizer que, hoje, nenhuma forma de arte dialoga mais com a política do que o cinema. Se há anos pensadores discutem a existência, ou não, de uma suposta neutralidade do pensamento, talvez os últimos vinte anos tenham facilitado a resposta, período em que grande parte do produzir artístico – ainda bem – exala discursos há muito entalados. Assim, se na primeira metade de 2023, vimos uma escolha de elenco cindir o público em A Pequena Sereia, na segunda, estamos frente a frente com mais um fenómeno do género – agora, do outro lado da tela. Em julho deste ano, Som da Liberdade estreou nos cinemas norte-americanos despertando o público para uma nova controvérsia, essa, envolvendo Jim Caviezel (A Paixão de Cristo), um ex-agente dos Estados Unidos, “baseado em fatos reais” e um diretor que talvez tenha entrado no filme, de uma forma inocente e indefesa…
O que dizer de um filme que dialoga diretamente com uma alma que sabe as consequências do abuso. Som da Liberdade, como o próprio Jim Caviezel diz na mensagem final, é um grito daqueles que não se podem defender, é o escancarar de um problema grande, real e em muitos casos, acontecendo mesmo por baixo do nosso nariz, ou seja a pedofilia em grande escala.
Som da Liberdade dói, mas é uma dor causada em saber que aquilo existe verdadeiramente e sangra a cada segundo que negamos ela.
Fui ao cinema desconhecendo o que ia ver, porque eu sabia que o Jim Caviezel não me dececionaria, como duvidar depois de vê-lo em o Conde de Monte Cristo e saber do que ele é capaz em representar um papel de justiceiro.
O objetivo são as crianças, indefesas perante a maldade dos homens. Destaco os grandes papéis das crianças, Miguel e Rocio.

Músico/Colaborador