A Convenção do PSD correu bem. Vários pesos-pesados da política portuguesa apareceram.
Paulo Portas esteve muito bem, assertivo em relação ao PS, desmontando com simplicidade o que se passa numa frase: Só o PS pode fazer melhor que o PS. Perdão? Só o PS, este PS pode fazer pior do que o Partido Socialista”. Eu diria, “O PS é useiro e vezeiro em fazer oposição a si próprio” quando lhe convém.
Leonor Beleza, uma das melhores ministras da Saúde que passou pelos governos de Portugal, só teve um defeito, afrontar a classe médica que se julga mais douta que todos os outros. Disse que este momento é de união e de ajudar sem cerimónias.
Pedro Santana Lopes, o eterno “enfant terrible”, salientou algo que é muito importante e clarificador. O PSD está ligado à austeridade devido a ter que resolver o problema intrincado de um governo PS que fez com que a troika entrasse em Portugal.
Luís Montenegro não podia estar mais feliz, foi uma tarde inolvidável, só faltou Pedro Passos Coelho.
Montenegro tem tido todas as ajudas deste Mundo e do outro, se não vencer desta vez, nunca mais vence.
Aproveitou para apresentar propostas, mas deve quantificá-las e dizer quanto vai gastar e de onde vem o dinheiro. Não se pode criticar o Chega por apresentar propostas inverosímeis finaceiramente e, depois, fazer o mesmo.
Clareza precisa-se sobre como melhorar o complemento solidário para idosos até aos 820 euros, dar um apoio de 100% nos medicamentos a idosos com doenças crónicas e comprovada insuficiência económica. Em relação a governar ficou claro – só governa se vencer as eleições.
Estas eleições estão a tornar-se num slogan: “Quem dá mais?”.
Não me admira nada que Pedro Nuno Santos prometa uma actualização das pensões a meio do ano de 2024.
Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores