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Sábado, Dezembro 14, 2024

O Mágico Eurico Cebolo

A aldeia de Coleja, pertencente ao concelho de Carrazeda de Ansiães, viu nascer a 28 de outubro de 1938, Eurico Augusto Cebolo. Começou desde muito cedo a sua arte de improvisar que o levou-o ao fado ao desafio, onde desde cedo revelou a sua veia de artista. Ainda na primária, vendia bandas desenhadas, com desenhos e textos seus, aos colegas mais lordaços e abonados.

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António Ferro
António Ferro
Músico/Colaborador

No teatro, deu os primeiros passos, na “Companhia Algodeira” e aí, compôs as primeiras canções humorísticas. Já em Lourenço Marques (Moçambique), aprendeu acordeão com o prof. Carlo Genzi e passados três meses, já abrilhantava alguns “dancings” locais, como: Luso, Pinguim e Aquário. No “III Festival Hispano-Português” obteve o primeiro prémio, com a canção “Cancion Del Duero”. Do Eurico, foi escolhida a marcha para representar comercialmente a máquina de costura Oliva.

Atuou na Suazilândida, no Mali e na Rodésia, com os artistas: Luís Piçarra, Manuel Martins e Eulália Duarte. Na Rádio Clube de Lourenço Marques, foram interpretadas obras suas pela Orquestra de Variedades, dirigida pelo maestro Artur Fonseca e pela Orquestra Típica, com o maestro Garino ao leme. Fez parte do Conjunto de Guitarras de Coimbra.

No dia 27 de janeiro de 1975, foi vítima de um brutal acidente de viação. O seu primo faleceu e Eurico ficou paralisado do lado direito.

Uma das grandes obras para a posteridade em português, francês e inglês, foi a criação de manuais instrumentais, para instrumentos que nunca anteriormente alguém tivesse escrito (Orgão Mágico, Guitarra Portuguesa Mágica, Cavaquinho Mágico, Acordeão Mágico, etc…)
Escreveu mais de uma dezena de romances ousados, como: A Filha do Padre, Matavam as Freiras Grávidas, Casei com a minha Irmã, A Prostituta Virgem, o Violador das Mortas, etc…
No passado dia 24 de fevereiro de 2024, pelas 16h00, inaugurou-se a exposição “Professor Mágico – Tributo a Eurico Augusto Cebolo”, com a curadoria de Jorge Sobrado e Rita Roque.

Os meus parabéns pelo vosso ilustríssimo e briosíssimo trabalho. O pianista Paulo Barros, interpretou ao piano algumas composições de Eurico, de uma forma muito exorbitante e descomedida .
Músicos do Porto, temos uma eterna gratidão, pelo homem que criou a melhor loja de música no Porto, a Musicarte! Eu próprio comprei, há trinta e oito anos, o meu baixo acústico (Mason). Por tudo o que ele fez por nós, merece a nossa presença na sua exposição.

Todos os dias, exceto ao domingo, no horário das 10:00-18:00, na Biblioteca Almeida Garrett (Palácio de Cristal), patente até ao dia 27 de abril de 2024.

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Direitos Reservados

 

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