Segundo informações recentes os reformados em Portugal descontaram aproximadamente 29 anos, recebendo em média de €520 – o que está abaixo abaixo do limiar de pobreza.
Perante este pobre panorama perguntamos: que nos poderá acontecer no futuro?
A nossa sociedade está cada vez mais velha, com salários baixos de forma “crónica”, o que leva necessariamente a parcas pensões…
Alguns estudos apontam para que Portugal se arrisque a perder nos próximos 50 anos quase 18% da sua população…
O envelhecimento crescente da população agravado pelo êxodo dos nossos jovens, deveria levar a um pensamento sério sobre a sustentabilidade da segurança social. E não mudar apressadamente as suas regras a meio do jogo, apenas olhando para o presente – prometendo mundos e fundos, agora que estamos em tempos de campanha eleitoral!… Afinal, abriu a época da caça… ao voto!! Custe o que custar!!
E o que pensam os partidos deste importante tema? Não vos vou maçar com a enumeração exaustiva das “soluções” nem com discussões técnicas… Antes, apresento a minha visão da leitura que fiz: são diferentes soluções para aumentar o rendimento dos atuais pensionistas, sobretudo dos que recebem reformas mais baixas (até 820€, recordam-se?…) e ignoram as previsões de várias entidades sobre os futuros reformados:
– Segundo o Banco de Portugal, o valor das reformas irá baixar significativamente até 2070… Uma consequência da alteração recente das regras de cálculo e que sistematicamente são alteradas.
– Outro alerta é da Comissão Europeia: as reformas em Portugal vão cair para metade em menos de 20 anos…
Aparentemente e apesar destes importantes (ignorados) alertas, parece que a solidariedade intergeracional só tem uma direção…
Será uma espécie de embuste dar total primazia ao atual status quo, ignorando o futuro com dignidade a que todos teriam (têm??) direito…
Fica então o alerta ao leitor: tenha cuidado com os embustes e faça a simulação da sua reforma – sentado!… para não cair de susto!!
Técnico de Turismo