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Domingo, Maio 5, 2024

O Adulto pós-moderno

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Victor Carvalho
Victor Carvalho
Técnico de Formação Profissional

Hoje em dia, e não raras vezes, questionamo-nos sobre a sociedade em que vivemos, como vivemos, cada situação com que nos deparamos e qual o sentido da vida. Tudo pode vir ao de cima, valores, princípios, referenciais ou a falta deles.

Em empresas/instituições, na vida pessoal e/ou profissional/familiar, podemos refletir sobre tudo e tentar compreender os comportamentos dos adultos, neste tempo do pós-modernismo.  Devemos refletir sobre o que nos distrai, a perca de foco, metas, cumprimento de objetivos, (que muitos nem conhecem), formas de mais e melhor participação nos ambientes…

Muitas podem ser as variáveis possíveis para estas e outras abordagens. As mudanças foram gigantescas e nem sempre no melhor sentido. Na vida política, no tempo da Monarquia, um Rei reinava era o absolutismo, ou a  Monarquia Constitucional e sabemos o que era um Rei, e o que poderia acontecer a quem se atrevia enfrenta-la.

Na República, os Presidentes da República “despachavam”, “Publique-se”, tinham um comportamento distante do seu povo. Lá poderiam fazer uma visita, revistas às forças em parada, muito gosto pela “Ordem Unida”, mas o que fica é a distância, as hierarquias…  Muita coisa mudou, até à atualidade, cada um com o seu estilo o Presidente Marcelo é do tempo das Selfies, vai a todo o lado, gosta de falar, comenta quase tudo e muito.

A Igreja não é exceção, sabemos como era com anteriores Papas – a Igreja tem o seu tempo, em que uma vírgula, para ser mudada, leva anos…  Com o Papa Francisco, muita coisa também mudou…

Estamos no tempo do aqui e do agora. Buscamos prazer… tempos hedonistas. Os Valores e princípios, tidos como adequados, estão em mutação. A sociedade está em transformação acentuada e acelerada. Estamos no tempo do casamento de pessoas do mesmo sexo – homens com homens, mulheres com mulheres, discussão de géneros… questões de identidade – quem tem corpo de mulher e pensa como homem e vice-versa. Na terra, só há uma vida, quem é crente acredita que ela continua, de outra forma… perante uma panóplia tão vasta, plural e diversificada, estabelecer relações saudáveis, construtivas duradouras e consistentes é tarefa que não está ao alcance de todos. Na ciência, os conceitos também mudam, na Psicologia o que já foi considerado doença (ex: homossexualidade), deixou de o ser.

Então, como proceder? – Não excluir ninguém, teoricamente é comummente defendido, mas, na prática, não é bem assim, como todos sabem. Então, como conciliar todas estas questões? E são tão poucas as enunciadas!

À la carte? – Por maioria? –  Sabemos que não é assim.

Estabelecer compromissos não é fácil, implica muita coisa… Em muitas profissões deparamo-nos com situações de bullying, falta de lealdade, honestidade e por aí fora… o adulto pós-moderno quer viver com intensidade, tende a não ter paciência, valoriza o imediato, questões do espírito tendem a ficar para trás ou não são suficiente e adequadamente valorizadasColoca-se a questão, como agir? – Como envolver? – Como agregar? – Tantas podem ser as perguntas, tantas podem ser as respostas. Tantas podem ser as estratégias contributivas para a transformação do adulto pós-moderno num homem novo. Pela política não se foi lá, o homem envelheceu ainda mais… Para quem crê, é pela Fé, pela oração.  Para quem é agnóstico, ateu, com ou sem religião, todos precisamos de nos respeitar uns aos outros. A aceitação dos outros, que têm outras orientações políticas/sexuais diferentes das nossas e da maioria.  Infantilidade, dirão os de pensamento dominante. A Igreja tem de afirmar o que é, nada mudará, são modas e quem vai atrás de modas, prevarica? Não há nada na Bíblia que fale em género…

A questão é mesmo – como agregar todas estas questões? Quaisquer que sejam os ambientes… no tempo do pós-modernismo.

Ao escrever este artigo, sinto-me a cumprir o dever de Cidadania, contribuir para a reflexão destes assuntos. Fiz o meu trabalho de casa, partilhando com o/a Caro/a Cidadão/a.

Do operário ao académico, “que surjam” partilhas. Juntos pensamos melhor. Façam-no construtivamente. Assim espero.

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