Os desvios de tráfego são definidos em conformidade com o ritmo das empreitadas, mas a ausência de informação não permite assegurar a circulação: nem pedonal, nem automóvel, nem de transportes públicos. A pé ou sentadas, as pessoas andam perdidas à procura de uma saída e nunca chegam a horas a sítio algum.
A situação agudiza-se quando os transportes públicos são desviados, uma vez que nas respectivas paragens, ao longo da avenida, não existe qualquer aviso de “paragem temporariamente desactivada” ou de redireccionamento dos passageiros para “paragens provisórias” de acordo com os desvios definidos. Ou seja, dezenas e dezenas de pessoas ficam horas a fio à espera de um transporte que não chega! E tem sido assim quase todos os dias!
A chefe de Divisão do Trânsito da Câmara Municipal de Gaia, Susana Paulino, disse hoje publicamente que as empreitadas deverão estar concluídas no final do presente mês de Junho e que também representam uma “medida de segurança rodoviária, de criação de maior fluidez na avenida e de mitigação do estacionamento abusivo”.
A aposta do Município de Gaia na mobilidade sustentável está em linha com a necessidade urgente de se encontrar soluções capazes de assegurar uma mobilidade menos poluente, segura e mais eficiente.
As empreitadas em curso traduzem um valor inestimável enquanto contributo local para a mitigação de efeitos das emissões do dióxido de carbono provenientes dos transportes rodoviários no concelho, que representam também uma fonte de poluição sonora e um problema de saúde ambiental que, à escala mundial, afecta mais de 100 milhões de pessoas.
Espera-se que as virtualidades dos meios suaves sucedam aos sacrifícios de atravessar esta via que une a rotunda de Santo Ovídio ao Jardim do Morro, de onde pode contemplar-se a Ribeira do Porto.
Maria Paulo (texto e fotos)
Jornalista free-lancer