O protesto “pela paz no Médio Oriente” foi organizado pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN), pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e pelo Projeto Ruído-Associação Juvenil.
A manifestação começou junto à embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, na zona de Sete Rios, vindo depois em cortejo para a representação israelita nas Avenidas Novas.
Junto à embaixada norte-americana, os manifestantes deixaram uma grande tarja no viaduto sobre a Avenida dos Unidos da América com a inscrição “EUA cúmplice dos crimes de Israel. Cessar-fogo”.
No mesmo local outros traziam mensagens em inglês como “hands of Iemen” (deixem o Iémen), numa referência ao ataque dos Estados Unidos e do Reino Unido contra o grupo iemenita huthis, ou “reeleição [do presidente norte-americano Joe] Biden é a terceira guerra mundial”.
Ao longo da manifestação destacava-se uma bandeira palestiniana estendida ao longo de cerca de 20 metros.
Os símbolos palestinianos e mensagens contra “genocídios”, “apartheid” ou “crime de guerra” estavam presentes ao logo de todo cortejo da manifestação, que se alargava por várias centenas de metros e era protegida por um forte dispositivo de segurança.
A estudante tunisina em Lisboa Joumène Mami, de 24 anos, trazia um cartaz em cartão assinalando os 100 dias da guerra na faixa de Gaza e 75 anos da ocupação israelita na Palestina.
“Nunca pensei escrever estes números numa manifestação como a de hoje”, disse.
Outra manifestante fez questão de também marcar presença e pedir o fim das hostilidades na faixa de Gaza, referindo que manifestações como a de hoje, apesar de Portugal ser um país pequeno, “são importantes no seu conjunto”.
Inês almeida, uma bolseira de 32 anos, julga que a opinião pública está a começar a mudar e a ganhar consciência de que “há um genocídio” em curso, apelando para o boicote em empresas e produtos que estejam associados à guerra.
Na manifestação, era visível a presença de muitos estrangeiros incluindo cidadãos oriundos do mundo árabe e também judeus com a inscrição “não em nosso nome”, ao som de palavras de ordem como “Estados Unidos a vetar, Israel a bombardear”, “contra a violência há sempre resistência”, “hoje e sempre, Palestina independente”.
Milhares de pessoas exigem em Lisboa fim do “genocídio na faixa de Gaza”
Milhares de pessoas estiveram hoje em protesto em Lisboa contra “o genocídio na Faixa de Gaza” e exigem o fim imediato das hostilidades.