Em muitas Organizações, há entropias, desordem interna, entraves de variados tipos, não só não se desenvolvem, como vivem anestesiadas e podem conduzir ao seu retrocesso, ou no limite, à fusão e/ou extinção.
Nas empresas/instituições, públicas, privadas, o “problema” pode existir e persistir… Todos sabemos as consequências nefastas para as respetivas Organizações. Compete a todos, do funcionário Menos qualificado à Direção/Administração, providenciar para o bem da respetiva entidade. Com o grau de profissionalismo que cada uma tiver, até à voluntária recém constituída, o dever de cada um intervir é um imperativo. O Psicólogo Organizacional trabalha o todo, envolve todos para o bem da respetiva Organização.
O Movimento Associativo tem mais de 70 mil Associações pelo País, sejam elas desportivas, recreativas, culturais, IPSS´s e religiosas. Constata-se que,em muitas, há dirigentes que se arrastam há muitos anos, (nalguns casos décadas, autênticos “ Dinossauros”), agarrados aos cargos, verdadeiras “Lapas” que desmotivam os putativos candidatos. É evidente que não é alheio ao fenómeno a ausência de candidatos a dirigentes, desmotivação da massa associativa… fraca participação nas respetivas Assembleias Gerais.
Organização que se preze, tem de acautelar o futuro, rejuvenescer quadros, trazer gente nova para as Associações/Movimentos. Também há situações em que até pode haver candidatos, que se deparam com imensas dificuldades em apresentar listas alternativas, podem surgir pressões, para não trespassarem divergências, para se manter a lista única, de continuidade, unitária…
No plano autárquico, conhecemos autarcas, de várias cores políticas, que vão ao limite legal de 12 anos no poder. É legítimo que um autarca, faça mais de um mandato, a meu ver 8 anos basta. A sociedade civil deveria agarrar esta questão e pressionar os legisladores (leia-se Assembleia da República), só que os partidos têm sabido, ao longo dos anos defender os seus interesses… e a lei permanece nos 12 anos. Deveria ser feita uma petição para o efeito, um ato de Cidadania.
As organizações precisam de dinamismo. Os ciclos estão cada vez mais curtos, sejam eles políticos, tecnológicos… está a uma velocidade estonteante.
Felizmente, também há muitas e boas Organizações. Dinâmicas em total contraponto, ao acima mencionado, que são vivas e atuantes. Estas pautam-se por lideranças assertivas, desenvolvem uma escuta ativa, preocupam-se com os Clientes, Trabalhadores, Chefias, Fornecedores, Stakeholders, todas as partes interessadas. Por regra, os gestores rodam entre lojas dos respetivos grupos, os mandatos nem chegam aos 4 anos.
O Rotary Internacional tem um modelo muito interessante. Os seus membros recebem formação, têm reuniões regulares, ajudam a sociedade onde estão os Clubes inseridos, têm encontros distritais e até mundiais.
O mandato de um Presidente de Clube Rotary é de um ano, sabe quando entra e quando sai. É evidente que poderá, se a situação o justificar, fazer o ano seguinte, mas o princípio é de um ano. O Presidente cria equipa e escolhe um Lema para o seu mandato.
Compete a cada Organização, desenvolver o seu “Modelo Organizacional”.
Cada Cidadão/ã, tem o direito e dever de contribuir nas respetivas Organizações onde esteja inserido, em combater as ”Lapas” e contribuir para um melhor ambiente Organizacional.

Técnico de Formação Profissional