Mais de 40 mil portugueses sofrem de afasia, uma perturbação de comunicação que lhes rouba a capacidade de se expressar livremente. Durante o mês de junho, a consciencialização desta condição é destacada pelo Instituto Português da Afasia (IPA), a única ONG em Portugal dedicada a ajudar quem vive com esta condição.
A afasia, desconhecida para muitos, ganhou recentemente visibilidade através do caso do ator Bruce Willis, cujo diagnóstico o levou a interromper a carreira. Esta perturbação afeta a capacidade de falar, compreender, ler e escrever, mas não interfere com a inteligência da pessoa.
A principal causa da afasia é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), sendo que entre 20% a 40% dos AVCS resultam em afasia aguda. Outras causas incluem tumores cerebrais, traumatismos crânio-encefálicos e infeções. Em casos de doenças degenerativas, surge a Afasia Progressiva Primária (APP), que se foca nos sistemas cerebrais da linguagem e pode evoluir para demência.
A afasia tem um impacto profundo na vida social e na qualidade de vida dos afetados, levando ao isolamento e perda de autonomia. O IPA, fundado em 2016, desenvolve soluções de integração social e terapêuticas inovadoras, tanto presenciais como à distância, para apoiar pessoas com afasia e os seus familiares. As iniciativas do IPA incluem teleterapia, um “Dia intensivo” de terapias e uma linha telefónica de apoio, abrangendo todo o território nacional e até portugueses no estrangeiro.
Edição: Rui Paulo Costa
