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Quinta-feira, Março 27, 2025

Gaia quer “arejamento urbanístico” em Santo Ovídio com plano de Busquets para TGV

O plano urbanístico de Joan Busquets para a estação de alta velocidade, em Santo Ovídio, tem "enorme potencial de arejamento urbanístico" numa zona densamente construída, disse hoje fonte da Câmara de Gaia, descartando uma grande infraestrutura para autocarros.

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“O espaço merecerá um plano específico de intervenção, capaz de articular a intervenção no subsolo com a reorganização de mobilidade, paisagística e urbanística do local, valorizando-o como uma das principais entradas na cidade e com enorme potencial de arejamento urbanístico de uma zona já muito pressionada pela construção“, refere fonte oficial da Câmara de Gaia.

A Lusa questionou a autarquia liderada por Eduardo Vítor Rodrigues (PS) após a Infraestruturas de Portugal (IP) assinar um contrato com o gabinete do arquiteto e urbanista catalão Joan Busquets com vista à elaboração do plano de urbanização da estação de Vila Nova de Gaia, à semelhança do que fará no Porto, em Coimbra e em Leiria.

A estação da alta velocidade de Vila Nova de Gaia ficará situada num túnel na zona de Santo Ovídio, no descampado nas traseiras da Fundação Couto, e, segundo uma apresentação da IP feita em 21 de setembro, contará com ligação direta às linhas Amarela e Rubi do Metro do Porto.

Nas respostas a autarquia detalha que “o espaço contemplará ligações equidistantes à estação de Santo Ovídio, à estação de D. João II e, obviamente, à estação de TGV”, com “ligações diretas entre a futura estação de alta velocidade e as duas estações de metro, em plataforma contígua e subterrânea, assumindo a intermodalidade com a linha Amarela e com a linha Rubi, mas também com o transporte rodoviário (neste caso, à superfície)”.

Porém, “dada a relevância da intervenção, o espaço de terminal rodoviário para autocarros será contido, uma vez que se prevê umazona de passagem de autocarros, mais do que um modelo rígido de terminal e estacionamento dos mesmos, numa lógica de valorização urbana e de espaço público qualificado”.

Quanto ao arranjo urbanístico concreto e as ligações às diferentes zonas e infraestruturas de transportes abrangidas pela estação de TGV, “ainda não estão definidas em absoluto, fazendo parte do trabalho a desenvolver entre os serviços municipais e o arquiteto Busquets”, completou a mesma fonte.

Em Vila Nova de Gaia, a linha ferroviária de alta velocidade terá uma extensão de 14 quilómetros (10 em túnel) desde Espinho até à nova ponte rodoferroviária sobre o rio Douro.

A estação subterrânea de Santo Ovídio, em Gaia, deverá ter “500 m de extensão, dispondo de plataformas de passageiros de 420 m de comprimento por 5,0 m de largura”, sendo “uma estação do tipo apeadeiro“, já que não se preveem desvios de vias.

O projeto de alta velocidade Lisboa-Porto, com um custo estimado de cerca de 4,5 mil milhões de euros, prevê uma ligação entre as duas cidades numa hora e 15 minutos, com paragem possível em Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia.

O desenvolvimento do projeto e construção da primeira fase (Porto – Soure) está previsto para os intervalos entre 2024 e 2028, e o Soure – Carregado (a ligação a Lisboa terá desenvolvimento posterior) entre 2026 a 2030.

Paralelamente, está também a desenvolver-se a ligação Porto-Vigo, dependente da articulação com Espanha, com nova ligação ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e troço Braga-Valença (distrito de Viana do Castelo) até 2030.

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