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Quarta-feira, Julho 16, 2025
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Europa em perigo

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Em primeiro lugar gostaria de congratular as pessoas que tiveram a iniciativa de ter criado “O Cidadão”. Numa altura em que grassa uma crise no jornalismo foi preciso coragem, mas é com pessoas de coragem que a sociedade avança e a sociedade avança com mais informação que permite uma maior liberdade de escolha na forma como queremos viver em comunidade.

Estamos a atravessar um momento perigoso para a Europa, não só porque temos uma guerra à porta, mas sobretudo porque os europeus estão a perder a confiança na sua própria democracia. As instituições europeias sempre tiveram uma grande dificuldade em transmitir aos europeus os fundamentos, não da sua criação, mas da sua evolução.

A União Europeia, como todos sabem, foi criada com um objetivo nobre de manter a paz entre os países europeus, evitando assim uma nova guerra mundial, começou por ser uma união económica evoluindo para uma união política, tendo neste processo um papel fundamental Robert Schuman, ministro francês dos negócios estrangeiros da altura, tão fundamental que ficou conhecido como o pai da União Europeia, mas não podemos esquecer outras personalidades importantes neste processo como: Jean Monnet, Konrad Adenauer, Alcide De Gasperi e Paul-Henri Spaak.

É preciso continuar a lembrar estes fundadores e os seus princípios refletidos no chamado “plano Schuman” e nos consequentes “Tratados” assinados pelos diversos Países, lembrar também citações que espelham a verdadeira essência da União Europeia particularmente uma de Robert Schuman: “A Europa não se fará de uma só vez, nem de acordo com um plano único. Será construída através de realizações concretas que comecem por criar uma solidariedade de facto”.

A Europa tem seguido estes princípios com avanços e recuos, mas tem prosseguido no caminho da paz e na cooperação, cada vez mais estreita no espaço europeu. Numa altura em que este caminho está a ser posto em causa por algumas forças políticas, os europeístas convictos têm de levantar a voz e fazer valer os princípios que fizeram da Europa um espaço de paz e de prosperidade, um espaço de tolerância e de liberdade, um espaço de igualdade e de solidariedade.

Precisamos de perguntar a essas forças políticas que se dizem “contra o sistema” que sistema defendem. A democracia para nós é fundamental e não pode ser posta em causa, tem no entanto, de ser reforçada e para isso a Europa precisa de ser mais securitária, mais vigilante e mais transparente.

Apesar de tudo, a Europa atualmente constituída por vinte e sete Países, continua a ser um espaço geográfico de grande atratividade pela sua estabilidade política e prosperidade económica, daí a vontade de tantos novos Países quererem fazer parte dela. Se o projeto europeu falhar, estarão em risco as democracias europeias, o nosso modo de vida e o futuro das novas gerações.

Nesse sentido é necessário fazer um apelo a uma maior participação cívica no debate europeu e a comunicação social tem um papel crucial nesse campo.

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