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Domingo, Junho 15, 2025

Euro 2024 – Jogar para não perder foi a triste sina de Portugal

Uma grande penalidade falhada no desempate foi o suficiente para Portugal sair derrotado , esta noite, no jogo dos "quartos de final" da prova. Uma partida demasiado tática, pouco atrativa. Acabou o sonho português.

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Dizem alguns que os penaltis são uma lotaria; outros, uma questão de competência. Neste particular, os jogadores portugueses estiveram bem. Só João Félix tirou mal as medidas à baliza e a bola bateu no poste. Num jogo em que ninguém arrisca, fica o ónus sobre o jogador que falhou. 

Quanto a jogo que mandou Portugal para casa, pode ser visto por dois prismas.

Um, o dos técnicos, especialistas, teóricos. Dirão que foi um jogo taticamente perfeito e que os jogadores teráo cumprido, escrupulosamente, o que o treinador lhes pediu.

Mas o futebol é do povo – deixando as conversas mercantilistas de parte – e o que este jogo deu às pessoas, além dos nervos, uma grande “seca”! Muito fechado e uma preocupação excessiva dos dois treinadores em não perder. Medo, é a palavra que merece ser utilizada por ambos.

O que transpareceu foi, de facto, o medo de perder. A Deschamps e a Martínez faltou ousadia. Alguém teria de perder, claro, mas podía haver mais espetáculo, mais risco, mais emoção e menos nervos.

No que toca a Portugal, os jogadores mereciam mais confiança para o risco. O treinador não lhes deu isso. Demasiado conservador, muito ao estilo de Fernando Santos. 

 Roberto Martínez, com todo o respeito pelas decisões que toma, é pouco “ousado”. Manteve em campo Cristiano Ronaldo, o jogador com menos rendimento e que, nas poucas oportunidades que teve, falhou de forma escandalosa; nem nos livres, nem do jogo aéreo, nem na finalização. Por que não colocar outro, quiçá mais inspirado durante o prolongamento?  Inspirado, sim, porque todos são futebolistas de grande qualidade, merecem consideração e respeito, mas há jogos em que tudo corre mal. E Cristiano hoje esteve mal. 

Em suma, um torneio pouco brilhante, em que a qualidade dos jogadores não foi potenciada. Em todos os jogos .

Faltou sempre capacidade de finalização e nunca houve, por parte do treinador, um sinal claro de que algo teria de mudar. Não mudou. E Portugal vem para casa. E Martinez já tem algumas camisas lavadas e passadas a ferro, prontas a usar.

Parabéns a todos os jogadores. E aos portugueses que tanto os apoiaram.

Segue a França. Vai defrontar uma equipa que arrisca – a Espanha. Veremos como reage.

E um jogo em que ambos lutam para não perder são uma má propaganda ao jogo de futebol. Mas isso importa pouco aos “donos da bola”. Infelizmente.

 

 

 

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