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Domingo, Fevereiro 16, 2025

Eufemismo do deputado Cotrim

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Amaro F Correia
Amaro F Correia
Docente na Atlântico Business School/Doutorado em Ciências da Informação/ Autor do livro " Governação e Smart Cities"

Não sou político. Não sou liberal, bloquista, socialista, muito menos comunista. Não sou pretendente a qualquer ajuste direto ou a nada que o Estado ofereça e, muito menos, a cargos em empresas públicas, com direito a indemnização.

Não faço parte dos 160 mil milionários no nosso país. Numa reflexão pseudo- liberal, tento debater a opinião deste deputado eleito e se o mesmo tem consciência do país onde vivemos? Acho que não! E por achar que os liberais em Portugal não conhecem o país real… só o são por “tachismo”, cá vai o contraditório.

O país real é bem diferente e o  Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve ser reforçado e defendido. O privado, na saúde, deve ser, unicamente, acessório e fiscalizado, já que em Portugal os salários são miseravelmente baixos. Não, não se trata de uma visão ideológica, trata-se dos país real e cabe-me, como cidadão que vota sempre, dar nota sobre a SUA saúde, deputado Cotrim.

Perdoe-me, porque não percebi se já deixou a liderança do IL ou se o faz a espaços. A SUA defesa do SNS é contraditória, já que um dos princípios da Iniciativa Liberal (IL) é liberalizar tudo, tudo, tudo. O atual Governo (reconheço que o Sr. Ministro nunca deveria ser Ministro já que nunca ganhou qualquer eleição livre, nem mostrou Ser gestor…mas foi nomeado Ministro, tal e qual o Sr. Medina) “no seu programa para a saúde, estabeleceu como uma das medidas prioritárias defender o SNS e promover a saúde”.

Será mentira? Que SNS? Enquanto a IL, no seu programa, apresenta uma reforma da Saúde em Portugal para garantir que, qualquer português possa aceder a qualquer hospital da sua escolha, seja público, privado ou cooperativo. Em paralelo, promove a liberalização da saúde em Portugal, promovendo um vigoroso mercado que atenda às necessidades dos portugueses. Estas medidas são especialmente importantes para garantir que os mais desprotegidos não ficam sujeitos a listas de espera, ou à saúde pública da área de residência.

”Como cidadão, até teria interesse em ler o programa, se manifestasse vontade em fiscalizar mais PPP´s, ao invés… de querer mais PPP´s e se a IL, traduzisse isto em custos, já que os custos atuais do SNS decorreram, ainda, da pandemia COVID-19 que o deputado não refere, porque convém.

Os senhores querem matar “a galinha de ovos d´oiro” que resistiu em 45 anos, como único bem inalienável (alem da liberdade – já diminuta nos dias de hoje) que o 25 de Abril deu aos portugueses: acesso tendencialmente gratuito à saúde. Todas as contrariedades que o deputado aponta ao SNS têm a ver com o fenómeno global e peço-lhe, sem me alongar, para fazer um exercício de memória dos últimos 15 anos e perspetive os próximos…na saúde! “Liberais pela saúde mental” esta afirmação no programa da IL é elucidativa. Aconselho o deputado a passar da porta principal dos Hospitais, quando os visita, em campanha, e a visitar enfermarias… aprenderia, muitíssimo, ao olhar os olhos dos doentes, dos enfermeiros e dos médicos.

Os Recursos Humanos são o que de melhor temos no SNS. Não entro em engodos de ocasião. A reforma da IL é plagiada na EU, segundo refere o mesmo artigo que li, sem qualquer acrescento de melhoria. Existem valores, princípios inegociáveis em políticas. 

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