A fábrica de Chernobyl continha quatro reatores RBMK-1000 (reatores canalizados de alta potência). O desastre ocorreu no reator número 4, construído em 1983. Os reatores tinham um design particular que, como se verificou, possuía graves falhas de segurança. Além disso, a operação da fábrica ignorava muitas vezes os protocolos de segurança.
Na noite de 25 para 26 de abril de 1986, foi realizado um teste de segurança para simular um corte de energia elétrica e garantir que o reator pudesse ser arrefecido adequadamente durante esse período. No entanto, devido a uma série de erros operacionais e falhas no design do reator, tudo se conjugou para a catástrofe. A combinação de uma reação em cadeia descontrolada e a pressão do vapor acabou por causar uma explosão, destruindo o reator e libertando uma enorme quantidade de material radioativo na atmosfera, o correspondente a 400 bombas atómicas de Hiroshima.
À época, o grupo ISQ teve três contratos para fazer inspeções ao sarcófago do reator de Chernobyl. Em 2009, o ISQ procedeu à certificação do teste de incêndio na EFECTIS (Voie Romaine – 57280 Maizières-lès-Metz – França), para o Projeto de Design, Construção e Comissionamento do Novo Confinamento Seguro em Chernobyl.
Em 2010 seguiu-se a segunda fase da certificação do teste de revestimento na CERAM (Reino Unido). E ainda em 2010, o ISQ fez a inspeção técnica e a certificação da produção de tubos que viriam a ser fabricados pela Cimolai, em Itália, e pela DCW – NOKSEL, na Turquia.
A segurança e as inspeções rigorosas são, portanto, cruciais para evitar acidentes graves, como foi o desastre de Chernobyl em 1986 e o acidente de Fukushima em 2011, já que estamos a falar de consequências devastadoras para a saúde humana, o meio ambiente e a economia em geral.
