Mas não foi assim. O candidato proposto pela AD viveu uma derrota clamorosa, nesta tarde política no Parlamento.
Pelas contas aos votos e ao que ouvimos ao longo da tarde, a AD, pela experiência política que tem, cometeu um erro de principiante. Ignorou o Chega e saiu-lhe caro. A direita não pode pensar em aprovar o que quer que seja sem falar com o partido de André Ventura. Isso ficou claro. Goste ou não goste, para vingar políticamente tem de engolir o “elefante”. E Montenegro não tem vida fácil se insistir no “não é não“. Ou, então, daqui por meio ano estamos outra vez a votar. E não parece que seja melhor para a AD.
Agora são 3, os candidatos à presidência da AR – Aguiar- Branco (AD), Manuela Tender (Chega) e Francisco Assis (PS). A necessidade de resolver a questão pode levar ao diálogo, mesmo que o mesmo não lhes agrade. Uma ou duas desistência e a convergência num nome. Muito difícil prever o que vem aí. A verdade é que as direitas sempre tiveram dificuldade em encontrar pontes de convergência – ao contrário da esquerda. Mas se querem, agora, estabilidade na governação do país, têm de deixar o orgulho e algumas diferenças de lado.
Serão capazes?
Será a noite boa conselheira?
Jornalista