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Domingo, Maio 5, 2024

Educação e Formação

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Victor Carvalho
Victor Carvalho
Técnico de Formação Profissional

Há dias, participei numa conferência internacional, onde o tema também foi abordado, numa perspetiva do que se pode estar a desenhar em tendências educativas, não só em vários países da Europa, mas também em alguns países da América Latina.

Consoante os governos, os programas educativos/formativos mudam. Como tutela assim estão legitimados. Por aqui, vamos ver o que aí vem e como vai ser operacionalizado.

O papel das escolas, para além do saber científico, é deveras importante na construção de mentalidades, no fomento do espírito crítico, no estímulo ao pensamento criativo, etc…. No ensino público, privado, cooperativo, Escolas profissionais/Centros de Formação, o professor/formador, obviamente que lhe compete ministrar a aula/sessão matéria para que está habilitado, no exercício das suas competências/funções. Quando um professor falta, outro vai substitui-lo, assim é suposto. O escalado, para esse efeito, pode ser duma área diferente. Admitamos que faltou o professor de Físico-Química e o escalado é de Português ou História, claro que não vai ensinar Físico-Química. O importante é os alunos estarem “ocupados”, afim de desenvolverem as suas competências, em contexto escolar/formativo.

O professor escalado, certamente perguntará se alunos/ formandos têm trabalhos para fazer, no restante tempo, pode e deve exercer um trabalho de Cidadania ativa e participativa, em diferentes matérias, transversais e de sociedade. A título de exemplo, pode falar e lançar para discussão questões ambientais, educação sexual, rodoviária, em suma questões de sociedade. Estamos em Abril, mês em que comemoramos os 50 anos da revolução de 1974, um Professor/Mediador/Formador/Técnico, pode e deve abordar esta importante data.

Recordo-me, de há uns anos atrás, uma professora de história ter convidado, para a sua aula, um “preso político”, os seus alunos ouviram o seu testemunho onde ele descreveu esses tempos. O seu testemunho, a sua história de vida, foi tão emotiva que ele chorou em plena sala de aula. Os alunos fizeram imensas perguntas, ficaram muito sensibilizados, ela arranjou “assunto” para a aula a seguir. “Professora, como está o prisioneiro?” – perguntaram muitos alunos, na aula seguinte.

Essa professora, exerceu um grande papel de Cidadania, foi proativa, ela própria interveio e arranjou um convidado para a sua aula. Foi uma aula muito participada, viva e emotiva. Anos mais tarde, fez o mesmo e dessa feita até convidou um “Conselheiro de Estado” para a aula.

Depende muito de quem está à frente, um Professor/Formador/Técnico, interventivo e participativo, podendo abordar várias temáticas, contribuindo, para a construção, formação de mentalidades e torna-se também num “influencer” digital ou não, construtor de opiniões, não são só os comentadores televisivos. (desengane-se quem pensa o contrário).
Necessitamos de quem exerça uma Cidadania ativa e participativa.

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