O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez questão de deixar bem claro na abertura o 5.° Congresso do Sindicato dos Jornalistas que “não há jornalismo sem jornalistas”. O congresso tem lugar no cinema S. Jorge, em Lisboa. Vão ser quatro dias de reflexão sobre o futuro do jornalismo português. O encerramento está previsto para domingo à tarde.
Para além dos organizadores do congresso, várias dezenas de estudantes de jornalismo e alguns “velhinhos” resistentes e conhecidos, teimam em marcar presença para confirmar o seguinte: o jornalismo português está a atravessar uma das maiores crises de todos os tempos, mas vai conseguir ultrapassar este momento.
Francisco Sena Santos, uma das vozes da rádio parece não ter dúvidas: “Depois do congresso os jornalistas vão respirar de alívio, pois vão chegar à conclusão que os problemas que afectam a classe são idênticos a muitos outros vividos por outras profissões. É mais uma etapa que vamos conseguir ultrapassar. E estes quatros dias vão servir para nós acertarmos as agulhas”.
Pedro Coelho, presidente da organização do congresso e jornalista da SIC também acredita que “os jornalistas portugueses vão conseguir trilhar um rumo para a profissão“.
“Tenho a certeza que o jornalismo português vai ser marcado por este congresso. Haverá um antes e um depois congresso. A precariedade ensombra esta nobre profissão. Mas é bom ver o cinema S. Jorge repleto de jovens estudantes que estão dispostos a abraçar uma das profissões mais bonitas do mundo”, afirmou o jornalista Pedro Coelho.
“O jornalismo não se faz sem jornalistas. A luta dos camaradas na Global Media são a prova de que estamos vivos e é também a prova de que vale a pena lutar!”, afirmou Luís Filipe Simões e o presidente do Sindicato dos Jornalistas.
Luís Filipe Simões fez questão de recordar o episódio do jornalista do “Expresso” agredido num auditório da Universidade Católica: “É bom que fique claro que nós estamos solidários com o camarada que foi agredido injustamente. Ele só foi agredido porque é jornalista. E nós não podemos permitir estas agressões. Mas nós estamos aqui reunidos para dizer que nos 50 anos das comemorações da Revolução de Abril não cedemos a ameaças nem agressões. Viva a liberdade. Viva o jornalismo livre”.
Resta saber se tudo vai correr de feição. Pois os companheiros do Grupo Global Media, com salários em atraso é que não acreditam em milagres. Estão a sofrer na pele e na carme a dureza dos salários em atraso.
Segundo apuramos, depois de discursar aos jornalistas, o Presidente Marcelo Rebelo vai visitar a redacção do congresso que é composta por dezenas de estudantes de comunicação social e jornalismo.
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