Lacerda Sales recebeu ordens e cumpriu-as. No tempo da pandemia achava-lhe piada, nos comunicados emitidos parecia um pivot da televisão a dar notícias.
Lacerda Sales aspirava a ser Ministro da Saúde, mas saiu com Marta Temido; cairam-lhe agora duas gémeas nos braços.
Lacerda Sales cumpriu o dever ético, moral e socialista ao pedido para receber o “Dr.” Nuno Rebelo de Sousa.
A cultura da era de José Sócrates e, agora, na de António Costa é arranjar sempre um bode expiatório!
Lacerda Sales é o elo mais fraco e é o que vai pagar as favas, contudo, não me parece que Lacerda Sales seja culpado do que quer que seja.
Esta teia de favores e influências assentes num poder, sem controlo e prepotência, fazem parte da cultura do poder em Portugal.
Como foi possível arbitrariamente conseguir fazer aplicar um tratamento médico, de milhões, contra indicações médicas e, num passe de mágica, ter sido apagado o rasto?
O bizarro é que o caso das gémeas não é corrupção (ninguém foi comprado), nem tráfico de influências (ninguém ganhou algo com isto).
Aparentemente, só compadrio e subserviência acéfala às hierarquias.
Lacerda Sales não é culpado de nada. Limitou-se a cumprir uma ordem de um superior. Se recusasse, estava tramado, mas agora tramado está…
Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores