A emblemática frase de Thomas Jefferson, um dos founding fathers americanos, extraída de uma carta endereçada a James Currie a 28 de Janeiro de 1786, hoje, mais do que nunca, ecoa com inequívoca pertinência na atualidade e como chamada de atenção aos Média em Portugal.
Triste que dois seculos depois o significado seja posto em causa, diariamente, reiteradamente por alguma imprensa nacional que tenta denegrir a imagem do FC Porto (FCP). A minha memória não é curta e, por isso, achei o posicionamento de um dos candidatos à Presidência do FCP um “Bluff”, já que tem dinheiro para aparecer quando quer e lhe apetece. Não me desvio, garantidamente. A minha declaração de interesses: sócio do FC Porto nº 5045, com o mesmo empenho de sempre, já que a memória teima em recordar os idos anos 70. Sempre foi assim e habituei-me a lidar com isso. Com indignação.
Pinto da Costa liderou essa “montanha”, habilmente, durante muitos anos, e os títulos que o clube acumulou foram a melhor resposta à corrente contra o FCPorto, a cidade e a região. Infelizmente, os autarcas do Porto, nos últimos 20 anos, pouco ou nada se evidenciaram a respeito do insistente isolacionismo que os Governos da nação teimam em persistir contra a cidade e contra a Região Norte. Má sina. Hoje, critico abertamente e em público o posicionamento de André Villas Boas (AVB) porque assumiu uma candidatura efetiva através da imprensa, no dia 1. Vá lá, desta vez num jornal a Norte. Já nem sei se o JN está a Norte??? A minha indignação tem a ver com o tratamento desigual que o candidato tem por alguma imprensa.
Como é possível haver sondagens no meu clube? sabemos que não existem! Como é possível os média assumirem um putativo candidato há meses? Sem existir. Percebi, como portista, que querem ver Pinto da Costa pelas costas. Ganhou demais. Só espero que os associados tenham juízo e, os mais novos, se informem sobre a história do clube.
Voltando ao enigma que me assola, diariamente, preocupando-me porque é e foi o pilar fundamental do sistema democrático de qualquer país: a falta e/ou exagero da liberdade de imprensa. Não tenho dúvidas que a liberdade de imprensa é fundamental para promover mudanças políticas, económicas, sociais e até culturais nos países e nas sociedades e assenta, como uma “luva” no paradigma da globalização, mas este trabalho nobre, consiste somente, em produzir comunicação e informação fidedigna e séria de interesse para toda a sociedade.
E quando me refiro à seriedade, sugiro denúncias, casos de corrupção, pedofilia, sucessos e falhas de políticas públicas, monitorização do trabalho dos grupos políticos e da sociedade, no poder, etc.
Ora no FC Porto, ao longo dos últimos meses, tenho percebido um discurso de alguma imprensa, por sistema, a contrariar estes princípios básicos. Tenho memória, mas a nossa liberdade acaba onde começa a dos outros, por isso não esqueçam, que longos dias tem 120 dias até as eleições. O jornalismo deve atuar de forma local, atualizando os cidadãos sobre os acontecimentos do clube para que todos se mantenham bem informados e se organizem, em prol de possíveis mudanças para uma melhor qualidade de vida, quando necessário.
Não resisto ao “BLUFF”! de “AVbluff”, reafirmando o que foi comunicado à imprensa. O que mais me espanta é que todos sabemos, no Porto, desde Setembro/2023 que contratou um empresa de Marketing para gerir a campanha, a partir de Lisboa; que nesta data iniciou convites “a dedo” a várias personalidades que não gostam de Pinto da Costa; que lançaria a candidatura em Janeiro/2024. O que nós sabemos!!! E por isso não defende o FCPorto ao usar a imprensa de Lisboa; não defende o clube ao tomar posicionamento sobre as claques, até porque a sua gestão é antiga e deve ser avaliada; não defende o clube com entrevistas, como as que dá porque não acrescenta nada; não defende o FCPorto com divisões, pelo contrário; não defende o FCPorto porque não tem posicionamento ideológico no ADN Porto.
“AVbluff” não conhece a nossa identidade. Não é um de Nós; tem memória curta sobre o seu posicionamento financeiro; aponta para o Olival quando nem sabe, mas devia saber, que o Olival não é propriedade do Clube; apropria-se do espaço destinado ao que deveria ser discutido, com meros números circenses. Por tudo isto, corroboro que “AVbluff” é mesmo um “Bluff” sem sentido no momento e na oportunidade da candidatura.
Não é candidato e a imprensa já fala nele há seis meses. Por que será? Como associado tenho consciência das necessidades do clube; defendo um programa ambicioso onde falamos à Porto; tenho a coerência de não expor na praça pública a gestão do clube; fizemos um caminho de portistas para portistas e não precisamos de estudar em Nova York, porque o FC Porto é a nossa escola; temos a vantagem de amar o clube e nunca o exporíamos à imprensa de lisboa;lLamento caro “AVBluff”, but grateful is when memory is stored in the heart and not in the mind.
Sinceramente, espero que os verdadeiros portistas entendam, este ano, como um ano de grandes mudanças e não é com “AVBluff” que o FCPorto ganha alguma coisa. Bom Ano a todos os portistas com quotas pagas e que vão votar, com responsabilidade, no futuro do nosso clube. Pelo Porto. Sempre. Projeto o futuro, respeitando o passado!

Docente na Atlântico Business School/Doutorado em Ciências da Informação/ Autor do livro ” Governação e Smart Cities”