Ortega y Gasset tem uma frase:“ eu sou eu e a minha circunstância e se não a salvo a ela, não me salvo a mim”.
A primeira parte da frase é a mais famosa e conhecida. “eu sou eu e a minha circunstância”, tem muito que ver com António Costa.
António Costa é um optimista convicto e estava habituado a passar por cima de todas as tormentas e circunstâncias.
Nunca lhe passou pela cabeça que uma suspeita o derrubasse. Aí, entra a segunda parte da frase, “se não a salvo a ela, não me salvo a mim”.
António Costa foi derrubado por si próprio. A realidade à sua volta e os seus amigos traíram-no.
Sempre pensou que passaria incólume a tudo e a todos.
Ao pedir a sua demissão criou uma enorme embrulhada na vida política portuguesa.
Pobre país! A nível de corrupção somos uma vergonha. Não nos esqueçamos que somos somente 10 milhões: poucos e muito corruptos.
Tenho pena que tenha saído traído desta forma. Agora, começo a perceber por que não demitiu João Galamba.
A cumplicidade entre António Costa e João Galamba era enorme e enredada.
É uma pena que a oposição não se entenda. Os socialistas estão em pânico e não é para menos. Situação muito grave.
Porém, como na política portuguesa já vi de tudo, até, “um porco a andar de bicicleta”…
Mas, atenção, o PSD não pode começar a esfregar as mãos de contente. O último a rir é o que ri melhor.
Biólogo, fundador do Clube dos Pensadores