Continuo a acreditar na democracia e no sistema político que nos dá garantias de maior bem-estar e felicidade a todos, todas. Apesar de duas guerras à porta, que me preocupam, não faria sentido os partidos pensarem na reorganização administrativa do Estado, sem perda de tempo?
O que me faz, sinceramente, refletir é no amontoado de Estado, em cima de Estado, muitas vezes encapotado em associações à “La Carte” para desviar as atenções do cidadão comum, que nos obriga, a repensar a organização: Ministérios; Direções ; Associações; Municípios; Secretarias de Estado; Freguesias; Comunidades Intermunicipais; Áreas Metropolitanas; Institutos; Comissões; Entidades Reguladoras; Confederações…cheguei aos 12! Neste estado de coisas, permite ao Estado, interferir, de forma monopolista, em quase tudo o que é negócio, que potencia riqueza à nossa economia.
Estado sim, quanto baste. Tenho um lamento político, (nunca pessoal, muito menos de honra) que os nossos políticos, retrógrados (alguns) e sem qualquer “pingo de sensatez” como Marcelo Rebelo de Sousa e o famoso Paulinho da Feiras fossem os principais responsáveis pelo atraso económico, que o país, ainda hoje, sofre.
Temos estruturantes, como o TGV (20 anos de atraso, mas vamos ter); Regionalização (25 anos de atraso) temos de forma encapotada nas CCDR´s; entre outros. Sempre omitiram, aos portugueses, que o país, afinal, está regionalizado através das CCDR´s. Afinal, porque razão esta omissão? Na minha opinião, livre ainda, (são escassos os Órgãos de Comunicação livres) foi porque quiseram, desde 1986, utilizar os fundos comunitários a seu bel-prazer, investindo, sem sentido, em alguns territórios, desvalorizando outros.
Esta é a verdade e estes dois senhores, o Presidente Selfie e o homem mais popular das Feiras, em Portugal, que “enterrou” o CDS de Adriano Moreira, têm de assumir, como ónus negativo e viver com esse peso. São verdadeiros responsáveis pelo Spillover nacional, ou seja, pelo desvio sistemático de fundos de região para região, empobrecendo o interior, desertificando-o.
Estas são as duas personagens que assumiram, politicamente, o atraso civilizacional, deste país pequeno e cada vez mais empobrecido. Nas aulas de Comércio Internacional, percorro, em debate e com prazer, (faço o meu papel) com os alunos(as), conceitos e teorias que permitem repensar estratégias: sistemas políticos; ideologias; regionalização; BRICS; Blocos Económicos; Africa etc, etc. Tenho obrigação moral e ética, para com a comunidade académica, de não deixar cair a essência do conhecimento e o que gera, a organização da nossa sociedade. Diga-se para ficar, definitivamente, assente na cabeça destes Pensadores falhados, sem história, que existe em todo o mundo um processo, inequívoco, de regionalização que é discutido nas Unidades Curriculares de Geografia, em qualquer escola superior, mas não só.
Regionalizar, significa dividir o espaço geográfico de forma a entender melhor os fenómenos físicos, sociais, culturais, políticos e naturais. E esta ideia, genérica, serve para diferenciar áreas no contexto geral, para a aproximação às suas características comuns. Uma região é só e tão só, uma área delimitada, com características comuns. Para os mesmos ““iluminados” do Contra” regionalizar, o mundo é criar áreas, ou lugares, semelhantes no planeta Terra.
As regionalizações mundiais existem para analisar melhor as particularidades de cada território, comparando, observando e determinar com mais exatidão, as propriedades de cada região, para a entender melhor numa escala local, regional ou global. As regionalizações mundiais são variadas, como os continentes: Antártida; América; Ásia; África; Europa; Oceânia.
Se se recordam, no contexto da Guerra Fria (anos 60) a regionalização aconteceu como primeiro, segundo e terceiro mundo e isto significava: Primeiro mundo: países capitalistas desenvolvidos ou ricos; Segundo Mundo: países socialistas; Terceiro mundo: países capitalistas subdesenvolvidos ou pobres. Até aos dias de hoje, a regionalização passou a ser ultrapassada e não mais usada a nível global, surgindo um outro critério, pelo qual os países foram categorizados num novo regionalismo: desenvolvidos ou subdesenvolvidos.
Aqui são considerados o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Produto Interno Bruto (PIB). Esta regionalização é considerada, até os dias de hoje, em todo o mundo. Defendo uma Regionalização, consagrada na Constituição da República de 1976, assente na reorganização administrativa do Estado, suprimindo a maioria dos Órgãos, reorganização e delimitação das áreas, de forma a otimizar políticas económicas e sociais de futuro.
Quem não gostará disto devem ser as “Jotas” dos partidos. Mas defenderei um futuro sustentável do país, sempre.
Doutorado em Ciências da Informação (Sistemas e Tecnologias). Autor do Livro: Governação e Smart Cities, editado em 2019. Docente na Atlântico Business Scholl.
Docente na Atlântico Business School/Doutorado em Ciências da Informação/ Autor do livro ” Governação e Smart Cities”