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Domingo, Outubro 13, 2024

A corrupção não abranda em Portugal e agora chega ao ambiente

Neste momento em alinhavo estas linhas, a Polícia de Segurança Pública (PSP) efectua buscas na residência oficial do primeiro-ministro António Costa. O chefe de gabinete do primeiro-ministro e um homem da sua confiança, Vítor Escária e Lacerda Machado já foram detidos. Uma vergonha para a Democracia, pois todos nós ficamos com a sensação de que a ganância e a corrupção descarada vão deitando abaixo os pilares da República.

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Neste momento em que alinhavo estas linhas, a Polícia de Segurança Pública (PSP) efectua buscas na residência oficial do primeiro-ministro António Costa. Enquanto isso, no hemiciclo da Assembleia da República discute-se um Orçamento de Estado que promete dar mais benefícios aos portugueses, mas que depois os carrega com impostos “depravados” como o IUC. Ou seja, dá-se com uma mão e rouba-se descaradamente com a outra. Ponto final.

O chefe de gabinete do primeiro-ministro e um homem da sua confiança, Vítor Escária e Lacerda Machado já foram detidos. Uma vergonha para a Democracia, pois ficamos com a sensação de que a ganância e a corrupção descarada vão deitando abaixo os pilares da República.

Segundo o jornal “PÚblico”, “estão em curso buscas da PSP em diversos ministérios e na residência oficial do primeiro-ministro, no Palácio de São Bento por causa dos projectos de exploração do lítio em Montalegre, no âmbito de um inquérito que também investiga suspeita de crime nos negócios do hidrogénio verde”.​

Até ao momento já foram detidos o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, o consultor próximo do primeiro ministro, Diogo Lacerda Machado, e o presidente da Câmara Municipal de Sines, o socialista Nuno Mascarenhas, assim como dois executivos de empresas ligadas às energias renováveis.

Também conseguimos apurar que estão a ser alvo de buscas os gabinetes dos ministros do Ambiente e Transição Climática e das Infra-Estruturas, e tudo aponta para que Duarte Cordeiro e João Galamba venham a ser constituídos arguidos. O mesmo irá acontecer com o antigo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.

Depois admiramo-nos de que a extrema direita tenha cada vez mais apoiantes. É que eles aproveitam ao milímetro estes desvios e estas tentações maquiavélicas de corrupção, para conquistarem eleitorado. E basta estar atento às conferências de imprensa de André Ventura ou às suas intervenções na Assembleia da República. Ele canta aquilo que o povo gosta de escutar.

Conheço muito bem João Pedro Matos Fernandes, o ex-ministro do Ambiente dos tempos em que estudamos no Porto e das centenas de conversas que mantivemos (enquanto estudantes!) na cantina da Faculdade de Engenharia, na Rua dos Bragas. E agora mesmo vejo-me obrigado a levantar esta questão: que necessidade tem o João Pedro Matos Fernandes andar envolvido nestes esquemas do lítio e do hidrogénio verde?

Porque não deixou a vida política e se dedicou à engenharia de corpo e alma. Ele que é um profissional exemplar. Mas não. Em vez disso deixou-se contaminar pela ganância do enriquecimento rápido e por esquemas que são tudo menos transparentes. Enfim deixou-se levar pela ganância.

Sobre Duarte Cordeiro, o actual ministro do Ambiente e Transição Climática estou em crer que é uma pessoa de bem e parece estar ciente dos grandes desafios ambientais que tem pela frente. Uma missão governamental hercúlea. Mas é assim mesmo, como diz o povo e bem: “quem não quer ser lobo não lhe veste a pele”.

Quanto ao ministro (?) João Galamba não escreverei nem um parágrafo. Acredito que a Justiça faça o seu trabalho de forma exemplar e isenta. Não basta dizer que se é sério. É preciso parecer.

As energias renováveis, o lítio e o hidrogénio não deixam de ser uma tentação para se avançar com esquemas ilícitos de enriquecimento rápido e ilícito. Os tratamentos de lixos e de lamas também o são. E é aí que as autoridades devem apertar. Governar não pode ser sinónimo de ludibriar a justiça e enriquecer de forma manhosa.

Aguardemos os próximos capítulos de uma “novela mexicana” que teima em minar a Democracia em Portugal. Começa a ser tempo de o primeiro-ministro António Costa repensar se não deve fazer as malas rumo a Bruxelas. É que a maioria dos seus ministros e muitos secretários de estado estão determinados em “patifarias” que não enobrecem a política.

 

 

 

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